Cotidiano

Mais de 15 mil mamografias foram realizadas em três anos

Exame identifica o câncer de mama e deve ser feito por mulheres com mais de 40 anos

O Câncer de Mama é um dos mais frequentes e o que mais mata mulheres no mundo. Segundo a Fundação do Câncer, cerca de 57 mil mulheres por ano são diagnosticadas com a doença, mesmo sendo um tumor curável em até 98% dos casos, se detectado na fase inicial. 

A mamografia, exame que identifica a doença, pode ser feita em unidades públicas de saúde, como o Centro de Referência da Saúde da Mulher, onde atualmente são distribuídas 500 senhas por mês para atendimentos em clínicas conveniadas; no Centro de Cardiologia e Diagnóstico por Imagem (CDDI) e na Carreta Saúde da Mulher, onde são ofertadas 40 vagas por dia a cada ação. Em três anos, mais de 15 mil mamografias foram realizadas nesses locais.

Atualmente, três mamógrafos atendem todo o Estado. O número é considerado satisfatório para atender à demanda estadual, considerando que o Ministério da Saúde (MS) estabelece como parâmetro um mamógrafo para cada 240 mil habitantes. Existe, no entanto, um processo em andamento para aquisição de um novo mamógrafo, que no momento está em processo para licitação, conforme a Secretaria Estadual de Saúde (Sesau).

Com a doença diagnosticada, o tratamento é realizado junto à Unidade de Alta Complexidade em Oncologia de Roraima (Unacon). No ano passado, cerca de 445 homens e mulheres deram entrada ao local. Do total de casos, 10% eram referentes a mulheres com câncer de mama.

O mastologista e cirurgião oncológico, Anderson Dalla, considerou o percentual elevado. “Para qualquer câncer, a única chance de cura vem de um diagnóstico precoce. No caso da mama, ele é feito pela mamografia”, enfatizou.

O intuito do exame é ter um diagnóstico mais precoce do câncer ou de lesões precursoras da doença. Ao todo, três tratamentos podem ser indicados com base no estágio do câncer: quimioterapia, radioterapia e cirurgia.

A mamografia deve ser realizada anualmente por mulheres a partir dos 40 anos. Para as mulheres com menos de 40 anos, o rastreamento precoce pode ser indicado nos casos de histórico familiar de primeiro grau, como mãe, tia ou avó. Caso contrário, o exame pode começar a ser feito na idade indicada.

Dalla explicou que algumas medidas podem ajudar a prevenir o câncer, como evitar o uso de anticoncepcionais, o uso da terapia de reposição hormonal por mulheres pós-menopausadas, o tabagismo e os fatores dietéticos que podem vir a influenciar. Outro fator importante de proteção é a amamentação. Independente das medidas, o mastologista frisou a conscientização das mulheres em realizar a mamografia. “Porque é o diagnóstico precoce que vai garantir a cura”, finalizou. (A.G.G)

Mamografias realizadas pelo SUS em Roraima