Cotidiano

Mais de R$ 99 mi serão disponibilizados em Roraima

Desenvolver a Amazônia de forma sustentável, por meio da oferta de crédito com soluções eficazes. Foi com esse objetivo que o Banco da Amazônia (BASA) criou o Programa Rota do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO), uma iniciativa que visa dinamizar a aplicação de fundos disponibilizados pela entidade para pequenos, médios e grandes produtores da região Amazônica.

Na tarde de ontem, 28, o banco realizou a apresentação de como o programa vai funcionar nas localidades onde atua. Ao todo, o evento contou com a participação de mais de 100 pessoas, entre representantes de entidades profissionalizantes e produtores dos mais diversos segmentos.

“Em um cenário onde a gente tem uma forte retração da economia, é natural que o investidor espere um pouco mais do comportamento do próprio mercado para poder decidir fazer investimentos de longo prazo. No caso de investimentos de curto prazo, que envolve, por exemplo, a reposição de uma máquina, a operação de custeio ou a aquisição de animais, as soluções precisam ser alinhadas de forma prática e sem complicações.

Foi levando essas questões em consideração que o Basa decidiu adaptar as suas ferramentas de análise, para atender a essas operações com mais celeridade”, afirmou o superintendente regional AM/RR, Nélio de Jesus Gusmão Filho.  

Conforme o superintendente, aproximadamente R$ 99 milhões de recursos foram disponibilizados pelo Banco este ano, o que deve atender as necessidades dos segmentos produtivos do Estado. “Se a gente somar esse valor com as outras linhas, como o Fundo da Marinha Mercante, esse total sobe para R$ 300 milhões. É um volume bastante substancial, que permite ao proponente estruturar melhor a sua atividade, seja qual for a sua área de atuação”, avaliou.

Para ter acesso à linha de crédito, o interessado deve procurar qualquer uma agência do Basa no Estado. Por meio da análise de cadastro, o banco identifica qual a linha de crédito se encaixa melhor para o crescimento do empreendimento do interessado.

“Como em toda modalidade, o objetivo da análise de cadastro é identificar qual o nível de experiência que o proponente ao financiamento tem na atividade que está se propondo a executar. Nisso, é verificado também qual o grau de capacidade de pagamento que o próprio fruto de caixa dele permite receber, dando maior garantia para que esse financiamento seja aplicado da melhor forma possível”, explicou.

Gusmão Filho destacou ainda os diferenciais do programa no que diz respeito às taxas de juros. Para as linhas da agricultura familiar, por exemplo, as taxas a serem praticadas vão variar de 0,5% a 6,5% ao ano, enquanto para as áreas não rurais a redução variará conforme o porte do beneficiário, nível de faturamento da empresa, mais taxas iniciais a partir de R$ 5,65 com bônus. “Isso permite um plus bastante significativo onde o proponente vai ter acesso a recursos com prazo e taxa de juros adequados”, frisou.

Além da simplificação na obtenção de financiamento, o Rota do FNO também vai possibilitar a facilitação para a liquidação ou renegociação de dívidas, graças a inserção da Lei 13.340. A medida concede prazo de até 20 anos para inadimplentes consigam regularizar a situação junto ao banco. “Em vias de regras, trata-se de um mecanismo que possibilita o alongamento da negociação com período de carência assim como rebate para os produtores que desejam efetuar a liquidação total da dívida, que vai depender do retorno que essa proposta terá e em que tempo ela deve retorna”, complementou o gerente-geral do Basa em Roraima, Liércio Soares. (M.L)