Cotidiano

Mais quatro abrigos para venezuelanos serão construídos

Todas as ações que foram executadas e que ainda vão ser, como a criação de novos abrigos, são planejadas com base nos recursos da Medida Provisória nº 823

R$ 190 milhões. Esse é o recurso que o Ministério da Defesa tem para promover assistência emergencial e acolhimento humanitário para os venezuelanos até 2019. O valor foi definido pela Medida Provisória nº 823, que abriu crédito extraordinário e destinou o recurso ao Ministério, em março deste ano.

De acordo com o tenente-coronel, Souza Filho, da Força Tarefa Logística Humanitária para o Estado de Roraima, a operação não tem um prazo para terminar, entretanto, o montante de recursos que foi repassado até agora é para um ano de ação.

O montante de R$ 190 milhões foi elaborado previamente após análise das necessidades da população venezuelana que atravessou a fronteira até Roraima. Souza Filho explicou que quando as Forças Armadas e o Ministério de Defesa receberam a incumbência de ser o órgão operativo da Força Tarefa, foram enviadas equipes para fazer levantamento e planejamento de custo em Roraima.

“Baseado em toda essa necessidade foi apresentado esse número de R$ 190 milhões, que foi atendido pelo Governo Federal”, completou Souza Filho. Ou seja, todas as ações que já foram realizadas e ainda vão ser realizadas, como a construção de novos abrigos, são de acordo com esse orçamento.

Souza Filho ressaltou que não há uma ação planejada que vá, por ventura, demandar uma ampliação dos valores. “Por enquanto, não está nos planos de ampliar esses valores. Nós estamos trabalhando com os recursos que foram destinados para a operação”, frisou.

ABRIGOS – Segundo o tenente coronel, Souza Filho, nove abrigos estão em funcionamento no Estado, sendo oito abrigos em Boa Vista e um em Pacaraima, na fronteira com a Venezuela. Dos oito na Capital, seis são permanentes e dois são temporários. Porém, ainda não há um prazo para desmontar os acolhimentos provisórios.

Com os nove abrigos, somam-se quatro mil abrigados atendidos. Os espaços são divididos entre abrigos para famílias, homens solteiros ou desacompanhados, já que existem homens que vem sem a família, e os voltados para os indígenas. “Isso acontece por uma questão de diferentes costumes e culturas. A estrutura do abrigo é diferenciada para os indígenas”, informou. “Ainda temos alguns com capacidade de vaga, mas a maioria já está atendendo a atual demanda”, completou o representante da Força Tarefa.

Sobre os novos abrigos, o tenente-coronel explicou que estão sendo construídos ainda mais três novos abrigos em Boa Vista e mais um em Pacaraima, somando 13 abrigos no total. Para os espaços na Capital, já foram iniciados os trabalhos de construção. “Eles vão ficar no terreno próximo à sede da Polícia Federal (PF). A nossa meta é colocar dois em funcionamento até o final deste mês. Em Pacaraima, nós estamos institucionalizando um posto de triagem, que vai desafogar o trabalho que está em andamento na fronteira. Finalizando o posto e acertando a definição de local, vai iniciar os trabalhos de construção”, informou Souza Filho. (P.C.)