Cotidiano

Mamaço vai reunir mães e bebês para incentivar o aleitamento

Ação será realizada nesta sexta-feira, no anfiteatro do Parque Anauá com cerca de 80 mães

O anfiteatro José Celestino da Luz será palco de um Mamaço nesta sexta-feira, dia 26, às 16h, programação que faz parte do Agosto Dourado, mês voltado para o incentivo ao Aleitamento Materno. A ação visa reunir mães e bebês em um grande ato de amamentação pública organizada pelo Governo do Estado, para chamar a atenção sobre a importância do leite materno.

Todas as mães, especialmente as lactantes, estão convidadas a participar deste grande gesto de amor coletivo, durante o qual serão realizados sorteios de brindes para as presentes. Durante o evento haverá a premiação da maior doadora em volume de leite e para a doadora que está há mais tempo cadastrada na rede. Além disso, também serão distribuídos certificados para 70 doadoras informando o volume de leite doado por cada uma delas no período de um ano, como forma de valorizar estas mulheres que ajudam a salvar vidas.

“O objetivo é sensibilizar a sociedade sobre a importância do ato de amamentar, pois os benefícios são enormes tanto para a mãe, quanto para o bebê”, explicou a coordenadora do BLH (Banco de Leite Humano Doutora Marilurdes Albuquerque), Silvia Furlin.  

Na primeira semana do mês, a Semana Mundial de Aleitamento Materno, o BLH, que funciona no HMINSN (Hospital Materno-Infantil Nossa Senhora de Nazareth), iniciou a programação voltada para o Agosto Dourado, com uma programação especial para as lactantes da unidade com palestras que discutiram temas como o desenvolvimento do bebê, direitos e métodos anticoncepcionais para a mulher que amamenta, além de um dia de beleza. A programação será encerrada agora com o ato de amamentação coletiva.

O BLH atende atualmente a uma média de 25 a 45 recém-nascidos, que recebem leite de cerca de 70 voluntárias internas e externas. A unidade ainda conta diariamente com 1.600 ml de leite humano ordenhado e pasteurizado, gerando um consumo mensal médio de 45 litros de leite. Este leite é doado para crianças que, por algum motivo, não podem receber o leite materno pela forma convencional, principalmente, prematuros que estão na UTI neonatal.

O banco de leite tem conseguido manter a regularidade das doações graças à solidariedade das lactantes e empenho da equipe do setor. Um avanço importante obtido nesta gestão é que agora toda doadora tem direito a consulta pediátrica, consulta com mastologia, nutricionista, psicólogo e fonoaudiólogo (caso o bebê não consiga amamentar corretamente).

Conforme a coordenadora do BHL, a iniciativa faz parte do compromisso da gestão de saúde com o processo de fortalecimento do órgão em Roraima. “Desde o início do ano quando montamos o plano de trabalho, temos tido apoio para desempenhar as ações e executar os projetos. Esse apoio tem sido fundamental para o planejamento e execução das atividades a curto e médio prazo”, esclareceu.

Em 2015, o BLH obteve a certificação Ouro de qualidade internacional da rede Ibero-Americana de Bancos de Leite Humano, reconhecendo as excelentes ações de incentivo ao aleitamento materno, na prestação do serviço oferecido, sendo avaliados a nível nacional pelo Ministério da Saúde. Neste ano o BLH  participa novamente da avaliação.

ORIENTAÇÃO 

Além da doação de leite, o BLH é um grande parceiro das usuárias na orientação sobre a amamentação. Os profissionais do serviço orientam e estimulam essas pacientes à prática saudável e indispensável de alimentar seus filhos ao peito. Isso porque algumas mães têm dificuldades e precisam de ajuda para superar problemas que podem levá-las a desistir de amamentar, como mamilos rachados, ingurgitamento das mamas e mastites que causam dor ou desconforto.

 O banco de leite atende a todas as mães, seja ela de instituição pública ou privada. O funcionamento é 24 horas, podendo a mãe comparecer em qualquer momento. Para ser uma doadora ou procurar os serviços da unidade, basta se dirigir o Banco de Leite, o que pode ser feito tanto por mães que estejam internadas na unidade quando lactantes externas. O contato pode ser feito diretamente na maternidade ou pelos telefones4009-4909 e 0800 782 0177.

A mãe faz o cadastro, realiza exames e recebe orientações. A Maternidade doa máscaras e toucas, e orienta sobre as técnicas de higienização e armazenamento. Depois desse processo, é só marcar o dia da semana para a equipe passar e recolher os frascos com o leite armazenado. Ao chegar na unidade, o leite doado é analisado, pasteurizado e congelado. Na hora das mamadas ele é descongelado, sem perder os nutrientes.

Quem não é lactante pode contribuir com a ação do setor por meio da doação de frascos para o armazenamento do leite. Por questões de biossegurança, estes frascos devem ter devem ter abertura larga, tampa plástica e que sejam de vidro.

Com informações Governo do Estado