Um homem identificado como Antônio Carlos Sipriano da Silva, de 37 anos, morreu no começo da noite de quinta-feira, dia 7, depois de colidir em um poste que fica às margens da rua José Félix Correia, bairro Operário, zona oeste da Capital. Com a batida, a vítima morreu na hora. Seu filho estava no banco detrás do veículo, sentado na cadeirinha de segurança, e não sofreu ferimentos graves.
Passava das 19h quando a Polícia Militar foi acionada para atender a uma ocorrência de acidente de trânsito com vítima fatal. O homem já estava morto quando os militares chegaram. O Resgate do Corpo de Bombeiros também foi chamado para realizar os primeiros socorros, mas com a ausência dos sinais vitais apenas comprovaram o óbito.
A vítima teve que ser retirada do veículo pelos bombeiros, assim como seu filho de cinco anos, que foi levado ao Hospital da Criança Santo Antônio para ser avaliado pelo médico.
O pai da vítima contou à Folha que durante à tarde da quinta-feira o filho estava em sua residência, que fica no mesmo bairro da ocorrência e que, no fim do dia, seu filho decidiu retornar para sua casa, no bairro São Bento, e que levaria o neto.
Muito abalado, o idoso revelou que ficou sabendo do acidente minutos após ter ocorrido e que teve forças para ir até o local e abrir a porta do veículo, que estava travada, com um pé-de-cabra, mas não mexeu no corpo do filho a pedido de alguns populares e testemunhas. “Minha vontade era tirar o corpo do meu filho, mas não deixaram porque eu tinha que esperar a Polícia e a Perícia. Meu neto já tinha sido tirado de dentro do carro. Meu filho morreu na hora, eu nem tive tempo de me despedir. A última coisa que eu pedi a ele foi para tomar cuidado na volta para casa”, lamentou.
O pai da vítima também esclareceu que ele estaria dirigindo há aproximadamente 100 km/h quando perdeu o controle da direção do veículo e acertou o poste. “Eu não vi, mas quem estava lá me disse que ele corria demais, que estava a 100 km/h. Eu estou emocionado demais porque ele só tinha 37 anos e me ajudava em tudo, era mecânico, pedreiro, motorista, carpinteiro, tinha muitas profissões e onde eu estava ele também estava, não me deixava sozinho”, acrescentou.
O corpo da vítima foi levado para a sede do Instituto de Medicina Legal (IML) depois que a Perícia concluiu os trabalhos na área do acidente. Na manhã de ontem, 8, após a necropsia, o corpo foi liberado à família para sepultamento. Antônio Carlos morreu em consequência de um traumatismo craniano encefálico, por causa da forte batida na cabeça. O filho da vítima não corre risco de morte e foi liberado do Hospital ainda na noite de quinta-feira.
“A vítima não usava cinto de segurança no momento do acidente, mas o filho estava seguro porque foi colocado na cadeirinha apropriada para crianças. Daí vem a importância dos itens de segurança que os órgãos de fiscalização de trânsito tanto cobram. Eles realmente salvam vidas”, explicou um dos policiais que atendeu à ocorrência. (J.B)