Para muitas pessoas, as varizes e vasinhos (uma variação mais leve de varizes) são uma preocupação puramente estética. Para outras pessoas, varizes podem causar dor, desconforto e até mesmo problemas mais graves, como aumentar o risco de doenças circulatórias. O tratamento pode envolver medidas de auto cuidado, procedimentos para fechar ou remover as veias.
Em alguns casos, existe a indicação cirúrgica para o tratamento de varizes. De acordo com o cirurgião vascular Guilherme Bortolon geralmente são aqueles em que as veias fazem relevo na pele, ou seja, estão dilatadas para fora da perna.
As varizes geralmente são diagnosticadas fazendo apenas uma análise da pele e aparência das veias. Durante o exame físico, o médico irá examinar as pernas, pés ou quaisquer outras áreas afetadas. Ele vai buscar sintomas como inchaço, alterações na cor da pele, úlceras e outros sinais de ruptura da pele.
“Quando o exame de ultrassom demonstra comprometimento de veias maiores como as safenas, casos que evoluem com dor e edema importante, além de alterações no ultrassom é indicado a cirurgia. Há possibilidade também quando há uma grande quantidade de veias dilatadas, é o especialista que pode diagnosticar e acompanhar”, contou.
O médico relata que a cirurgia de varizes é considerada um procedimento cirúrgico seguro, pois geralmente são tratadas veias superficiais, não necessitando de grandes incisões.
“Não há perda de sangue importante e o procedimento, apesar de muitas vezes trabalhoso, não é muito demorado, geralmente menos de 3 a 4 horas. Além disso, a anestesia diminuiu o medo de alguns pacientes, o que torna a cirurgia ainda mais segura”, ressalta o médico.
Durante a cirurgia, pode haver complicações como hematomas e flebite (inflamação da veia) podem ocorrer e são de fácil tratamento com cremes, analgésicos e orientações.
“Complicações como infecção de ferida operatória, pneumonia, trombose venosa e linfocele são raras, e inerentes a qualquer procedimento cirúrgico. Estas complicações devem ser reconhecidas e tratadas no pós-operatório de imediato”.
Segundo o médico, existem medidas para diminuir os riscos pós cirúrgico na cirurgia de varizes, como usar a meia elástica e tomar as medicações indicadas, quando necessário.
“Um dos medos dos pacientes, é a trombose venosa, a qual é muito rara na cirurgia de varizes. No entanto, esta complicação pode ocorrer após qualquer procedimento cirúrgico, especialmente naqueles com duração maior que 6 horas”, relata.
Para pacientes que não tem condições clínicas de operar ou não desejam se submeter ao procedimento cirúrgico existe alguns outros tratamentos.
“Há, por exemplo, a escleroterapia com espuma. Este tratamento é muito efetivo, trata as varizes e previne a doença venosa grave que pode evoluir com inchaço, dor nas pernas e úlceras venosas. Vale lembrar que, na cirurgia vascular, a prevenção sempre é o melhor tratamento”, finalizou.
