Cotidiano

Moradores de Tepequém denunciam invasão de terras e ocupações ilegais

Conforme a denúncia, a especulação imobiliária na região também tem provocado graves danos ambientais naquela região turística

Moradores da Vila Tepequém, no Municípo de Amajari, Norte do Estado denunciam as invasões e ocupações de terras irregulares naquela localidade. Eles alegam que a Constituição do Estado declarou o lugar como patrimônio histórico, turístico, social, artístico, ambiental e cultural roraimense, mas que, com as invasões, a localidade está perdendo essas características e se transformado em um mercado fundiário ilegal.

Um morador relembrou a recomendação feita pelo Ministério Público de Roraima (MPRR) em relação ao problema, na qual o órgão orientou as autoridades para que adotassem de forma urgente medidas administrativas para a retirada dos invasores, promovendo o processo de regularização dos posseiros, se viável, bem como assegurar o cumprimento das normas ambientais e a reparação de áreas eventualmente degradadas. Além disso, devem proceder à autuação de todos os danos ambientais constatados na região em virtude das invasões ilegais.

“Como disse o promotor em sua citação, é notória a existência de invasões, ocupações irregulares e especulação imobiliária na região, todas geradoras de graves danos ambientais no Tepequém, sobretudo no platô da serra”, frisou o morador.

Outro morador disse que a vila está perdendo todo seu potencial turístico e se transformando em mercado ilegal de terras, onde pessoas invadem terra, vendem e trocam com toda autonomia de dono e sem nenhum pudor em relação às autoridades. “Daqui a uns dias, o Tepequém perderá de vez toda a sua área pública. As invasões desordenadas acabarão com os nossos principais pontos turísticos. É necessário que as autoridades competentes resolvam isso o mais breve possível”, disse.

GOVERNO – O Instituto de Terras e Colonização de Roraima (Iteraima) afirmou que há um Acordo de Cooperação Técnica, firmado com a Fundação do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Femarh) e a Prefeitura do Amajari para tratar dessa questão na Serra do Tepequém e realizar ações de regularização e ordenamento de áreas urbanas e rurais. (E.S)

Situação da RR-203 é outro problema

Outro problema relatado por moradores da Vila Tepequém é sobre as condições da RR- 203, rodovia com extensão de 112 quilômetros que dá acesso àquela região turística. Quem precisa trafegar pela estrada é obrigado a ter atenção redobrada devido aos inúmeros buracos e a falta de sinalização, o que deixa a rodovia perigosa e com constantes riscos de acidentes de trânsito. O Governo do Estado já começou a realizar as obras de manutenção.

Conforme o dono de uma pousada localizada em Tepequém, que faz o trajeto diariamente, as condições da estrada o forçaram a comprar um veículo que possa trafegar em rodovia esburacada. “Não gosto de carros grandes, mas, por causa da rodovia, totalmente cheia de buracos e sem sinalização, muito perigosa, para me precaver de acidentes fui obrigado a vender meu carro pequeno e comprar uma caminhonete, pois estava se tornando impossível trafegar com tantos buracos”, informou.

O Departamento Estadual de Infraestrutura de Transportes (Deit) da Secretaria Estadual de Infraestrutura (Seinf) informou que está em andamento o trabalho de manutenção da RR-203, que vai beneficiar os 112 quilômetros desta rodovia. O canteiro de obras foi instalado há 15 dias e já estão sendo executados os serviços de tapa buraco. A previsão de término dos trabalhos é no próximo mês de dezembro. O valor da obra é de R$ 394.216,50. (E.S)