Cotidiano

Moradores de bairros tradicionais também sofrem com terrenos baldios

Moradores de bairros centrais e tradicionais de Boa Vista, como São Francisco e 31 de Março, também são alvos do mosquito Aedes aegypti, que transmite doenças como dengue, chikungunya e zika. Os terrenos baldios, cobertos pelo mato e pelo lixo, como nas ruas Lodo D’Almada, Major Carlos Mardel e Manuel Dias de Oliveira, servem de foco para o mosquito.

Por ter a residência ao lado de um terreno baldio em estado de abandono no bairro 31 de Março, a agente de campo Aurineide Aguiar relatou que, durante o período de inverno, a presença do mosquito Aedes aegypti foi inevitável em sua casa. “É um absurdo, revoltante! A gente tem o maior cuidado em deixar e manter o nosso quintal limpo para um proprietário qualquer colocar nossa saúde em risco, por irresponsabilidade”, protestou.

Conforme a dona de casa Etelvina Bezerra, também moradora do bairro 31 de Março, o perigo é dobrado quando se tem crianças em casa, como é o caso de muitos vizinhos dela. “É difícil, dá muito bicho, é preciso colocar tela de proteção nas portas e janelas. Qualquer cuidado é pouco com essa realidade. Muitas pessoas aqui das proximidades já tiveram dengue, de criança a idoso de mais de 70 anos”, afirmou. A dona de casa reside próximo a rua Major Carlos Mardel, onde há terrenos com matagal que ultrapassa os muros das residências e muito lixo.

No bairro São Francisco, onde está localizada a sede da Prefeitura de Boa Vista, um funcionário público, que não quis ser identificado, informou que os terrenos baldios localizados na rua Lobo D’Almada, além do mato muito alto, viraram depósito de lixo para moradores irresponsáveis e para os transeuntes. “Infelizmente eu mesmo já vi, por diversas vezes, as pessoas jogando lixo nestes locais”, frisou. Segundo ele, pessoas de carro e moto passam e jogam latas e sacos plásticos frequentemente.

FISCALIZAÇÃO – Os terrenos baldios que se encontram sujos, com matagal e, em muitos casos, servindo como depósito de lixo para a vizinhança são alvos de fiscalização da Prefeitura de Boa Vista (PMBV). Os proprietários dos terrenos são notificados e têm o prazo de 15 dias para limpar o terreno. Caso a limpeza não seja feita no prazo estipulado, o Código de Posturas do Município prevê a aplicação de multa.

OUTRO LADO – A equipe de reportagem da Folha entrou em contato com a Prefeitura de Boa Vista, mas até o fechamento da matéria, às 16 horas, não obteve resposta. (E.S)