Cotidiano

Moradores do River Park se unem contra o mosquito Aedes aegypti

Cerca de 170 moradores do bairro River Park, na zona leste de Boa Vista, fizeram uma mobilização contra o mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças como dengue, zika e chikungunya. A ação, promovida pela Associação dos Moradores do River Park (Amoripa) com apoio da Prefeitura de Boa Vista, é a primeira organizada pelos próprios moradores.

De acordo com o coordenador do Núcleo de Endemias de Boa Vista, Samuel Garça, aproximadamente três mil imóveis, incluindo terrenos baldios, foram visitados durante o mutirão, que ocorreu no final de semana passado. Muitos imóveis não foram visitados, pois estavam fechados.

O presidente da Associação dos Moradores do River Park, Gabriel Alessander, disse que a ação foi extremamente positiva. “Apesar das dificuldades para visitar alguns imóveis devido a pessoas que não permitiram acesso as residências por medo da violência urbana, mesmo assim tivemos êxito. Foi gratificante. Tivemos a adesão dos moradores e, com certeza, colaboramos para uma melhor saúde das pessoas do nosso bairro”, relatou.

Para Samuel Garça, a iniciativa da Amoripa serve de incentivo para que moradores de outros bairros se unam contra o mosquito. “Este tipo de ação é vista com muito bons olhos. A população deve tomar iniciativas assim para demonstrar conscientização em relação ao combate do mosquito e isso ajuda e melhora a saúde de todo mundo. Agora solicitamos que líderes de outros bairros solicitem nossa presença”, frisou.

Ainda segundo o coordenador, a Prefeitura de Boa Vista deu as mãos à ideia da associação e organizou uma mobilização de conscientização e orientação aos moradores sobre as formas de combate ao mosquito. Os moradores receberam informações sobre como prevenir a proliferação do Aedes aegypti.

Para a visita aos imóveis, foram montadas equipes de três ou quatro pessoas, sendo um supervisor de combate a endemias, que fizeram o trabalho de monitoramento de foco nas casas e terrenos baldios do bairro. “Passamos conhecimentos sobre o mosquito aos moradores. Abrimos a mente deles para situações que podem provocar a criação de focos e que geralmente passam despercebidas. Realizamos um trabalho minucioso de monitoramento de focos em todo o bairro”, complementou Samuel Garça.

Os agentes de endemias instalaram ovitrampas – recipientes com palhetas e água, em que as fêmeas do mosquito depositam seus ovos – em 30 residências. A contagem dos ovos em laboratório permite a verificação da infestação do mosquito naquele local. Os recipientes serão vistoriados depois de sete dias da implantação. Uma equipe fez a vaporização com carro fumacê em quarteirões próximos à residência de duas pessoas com diagnóstico comprovado de dengue, atividade chamada de bloqueio. (E.S)