Cotidiano

Movimentação tímida e manifestação marcam votação no Consulado

Os cidadãos do país vizinho vão escolher seu novo presidente; A disputa está entre a atual mandatário, Nicolás Maduro, e o ex-governador Henri Falcón

Os cidadãos venezuelanos que residem em Roraima também estão autorizados a participar do processo de votação que elegerá o novo presidente daquele país.

Na capital, o Consulado da Venezuela em Boa Vista, localizado na avenida Benjamim Constant, Centro, foi preparado para receber os eleitores. Estima-se que mais de 40 mil venezuelanos vivam atualmente em Roraima, no entanto, até o fim desta manhã, a movimentação era bastante tímida.

Entre os votantes que compareceram a seção de votação estava o trabalhador de serviços gerais Francisco Ricones, 44 anos. Há dois meses no Estado, ele conta que seu país de origem vive um dos piores momentos de toda a sua história.

“Meu país infelizmente está um caos. Não há comida, não há remédios, as pessoas estão passando fome. Não vejo muita perspectiva de melhoras, nem mesmo se outro candidato for eleito”, relatou.

Ricones relata ainda que parte do dinheiro que ganha em Boa Vista é destinada para ajudar as esposa e os seis filhos que deixou em seu estado, Monagas. A pretensão dele é tentar tirá-los do país vizinho, uma vez que não há mais nenhuma qualidade de vida por lá.

“Se eu conseguir permissão, vou trazê-los para cá, pois a situação na Venezuela está muito ruim. Se não der de ficar no Brasil, poderei ir para o Peru, onde tenho parentes”, destacou.

SOBRE A ELEIÇÃO – A eleição presidencial venezuelana acontece em meio a crise política, econômica e social. A situação teve início após a queda do preço do barril do petróleo, principal produto de exportação do país.

Além disso, o clima entre a população é de incerteza, uma vez que as últimas pesquisas apontam uma disputa acirrada entre o atual presidente, Nicolás Maduro, e o ex-governador do Estado de Lara, Henri Falcón.   

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