Cotidiano

Movimento Mais Mulheres realiza ações no Outubro Rosa

A programação inclui um passeio ciclístico, no dia 28, a partir das 16h30, na Praça Fábio Paracat

O Movimento Mais Mulheres na OAB-RR se reuniu nesta quinta-feira, 19, durante um almoço de confraternização alusivo ao Outubro Rosa.

Evento, além de integrar as advogadas teve como finalidade também anunciar a programação que conta com um passeio ciclístico e um encontro jurídico voltado para acadêmicos e profissionais do direito.

O passeio ciclístico será realizado no dia 28. A concentração será a partir das 16h30, na Praça Fábio Paracat.

“Esse evento é para integrar as advogadas, mas a comunidade em geral está convidada a participar deste passeio ciclístico, que é uma atividade onde buscamos a qualidade de vida para compensar a vida árdua do exercício da advocacia”, disse uma das coordenadoras do evento, Clarissa Vencato.

Na programação do Outubro Rosa consta também o II Encontro Jurídico do Movimento Mais Mulheres na OAB que será realizado no dia 31, no auditório do Instituto Sion. A inscrição do evento é uma lata de leite em pó integral, e todas as doações serão, posteriormente, entregues para a Liga Roraimense de Combate ao Câncer.

“Neste encontro teremos muitos convidados especiais como a doutora Jeane Xaud, ativista dos direitos das mulheres, a doutora Luciana Nepomuceno, Conselheira Federal pela OAB Minas Gerais e o Dr. Ibanês Rocha, secretário-geral adjunto do Conselho Federal da OAB, que vai palestrar sobre a Reforma Trabalhista”, ressaltou Clarissa.

O encontro contará também com a palestra sobre a importância das mídias sociais para o exercício da advocacia que será ministrada pela jornalista Loredana Kotinski.

Na avaliação de Clarissa, o movimento avançou e o resultado nesses três anos tem sido satisfatórios. O último levantamento apontou que antes do movimento, a participação da mulher no sistema OAB era apenas de 11%, e que passou para 38% após o engajamento das advogadas.

“Isso mostra que houve um efeito positivo nessa conquista por espaço com base no diálogo, no somatório de força. O que se pretende é promover o encontro e não o confronto. Tivemos poucas mulheres no sistema não por falta de competência ou de interesse, mas de oportunidade em função da herança masculina. Em Roraima nossa participação é muito satisfatória, mas ainda não atingimos o que gostaríamos”, disse, ao salientar que 49% dos inscritos na Seccional de Roraima são mulheres, sendo a diferença em números absolutos, cerca de 60 homens a mais, e que a meta é que as mulheres ocupem a metade da mesa, já que paga a metade da conta.

A advogada Florany Mota, que é uma das fundadoras do movimento, disse não ter dúvida que o Mais Mulheres na OAB é o precursor em várias conquistas em nível nacional e local.

“Em nível local se conquistou o respeito da Ordem, pois a maioria das comissões estão sendo dirigidas por mulheres, e isso é uma sensibilidade da diretoria da Ordem. E a nível de Brasil aprovamos a cota de 30% nas eleições da Ordem, o Plano Nacional de Valorização da Mulher Advogada, os planos estaduais. Dentre as conquistas, uma que considero relevante é a aprovação da lei que prioriza e flexibiliza as audiências para as advogadas grávidas e lactantes. Essa foi uma das pautas que nasceu em Roraima e depois de grande mobilização nacional se tornou lei. Isso nos motiva a lutar por mais espaços”, avaliou Florany.

Outra conquista está relacionada com a nomenclatura dos eventos. “A ‘Conferência Nacional dos Advogados’ agora abrange as mulheres porque o nome mudou para ‘Conferência da Advocacia Brasileira’. Houve a inclusão das mulheres porque nós nos mobilizamos junto aos nossos colegas advogados que compõem o Pleno do Conselho Federal da OAB, lotamos o plenário com mulheres advogadas e os colegas abraçaram nossa causa naquele momento. Importante nossa união’!

As confraternizações do Movimento Mais Mulheres na OAB, segundo Florany, tem como finalidade integrar as advogadas, principalmente as mais jovens, para qualificá-las com a pauta da mulher advogada.

“Não queremos assumir os postos pelo fato de ser mulher, seja para o cargo de vice-presidente, conselheira seccional ou federal pelo fato apenas de ser mulher, mas precisamos ter mulheres advogadas qualificadas com a pauta da advocacia feminina e empoderadas para lutar.

A advogada Betânia Medeiros abraçou o movimento a pouco tempo, mas já sentiu que tem missão pela frente. “O Movimento existe há três anos e estou chegando agora não por falta de convite, mas estou chegando para somar. O movimento tem sido muito proveitoso e é necessário que se levante em todas as áreas da sociedade, e veio para contribuir com o fortalecimento e o empoderamento da mulher”, enfatizou.

A advogada Mirtes Gomes de Souza, natural do Rio Grande do Norte, está atuando recentemente em Roraima e ao participar da confraternização tomou a decisão de ser mais participativa no Movimento.

“Estou muito feliz, principalmente em saber que o movimento começou em Roraima, onde é bem forte. Não tem nem como não participar porque é super cativante, elas fazem a integração e a gente se sente ainda mais poderosa”, salientou.