Cotidiano

Movimento no comércio foi abaixo do esperado em Boa Vista

O movimento no comércio da Capital no feriado da Proclamação da República, celebrado ontem, 15, foi muito abaixo que a movimentação registrada nos últimos feriados. As vendas acabaram ficando abaixo do esperado, conforme informações de lojistas e vendedores à Folha. Eles registraram uma queda de 70% em relação ao último feriado deste ano.

Para Elida da Silva, vendedora operacional de uma loja na Jaime Brasil, tradicional centro comercial, as vendas foram consideradas baixas. A loja que ela trabalha não atingiu a meta projetada. Ela informa que o feriado passado foi muito bom de vendas em relação a este. “As vendas não chegaram a bater o esperado nesse feriado, observamos que elas foram diluídas durante a semana. A segunda e a terça-feira desta semana venderam mais do que ontem, 15. Os consumidores acabaram comprando antecipadamente”, informou.

O gerente operacional de uma loja também localizada no centro da Capital, que não quis ser identificado, disse que os empresários certamente tiveram prejuízo, pois abrir o comércio no feriado gera custo, a exemplo, a diária paga aos funcionários de acordo com norma do sindicato. “Com certeza o prejuízo é inevitável. Abrir [a loja] tem custos, é preciso pagar diária para os funcionários, de acordo com regra sindical, entre outros custos. Como a loja não vendeu muito, o lucro do dia não vai cobrir as despesas”, enfatizou.

Segundo a vendedora operacional de uma loja localizada na Avenida dos Bandeirantes no bairro Buritis, Oniely Gomes, a movimentação foi pequena. Ela esperava trabalhar mais no feriado, mas fez poucos atendimentos e poucas vendas. “Gostaríamos de vender muito, atender muitas pessoas, mas quase não fiz isso. O dia foi pior para o patrão, que mesmo sem lucrar muito vai ter que pagar a nossa diária”, comentou a vendedora.

BALNEÁRIOS – Durante toda a quarta-feira, a movimentação nos balneários em Boa Vista foi também abaixo da média dos feriados passados, fato que diminuiu consideravelmente o lucro dos ambulantes.

De acordo com Ebison Silva, ambulante do Balneário Caçari, as pessoas não aproveitam o feriado para ir aos banhos, apesar de o sol ter sido convidativo. “Quase não apuramos nada. As pessoas resolveram não vir à praia. O banho está vazio. Em feriados, geralmente isso aqui lota e vendemos muito”, afirmou.

O ambulante acredita que o ataque de piranhas no mês de outubro pode ter sido um dos agravantes da baixa movimentação. Ele garantiu que, em tempo de seca, o banhista pode ficar tranquilo que não há ataques. Os ataques geralmente são no período de cheia dos rios. “Talvez as pessoas estejam com medo de ataque de piranhas, mas elas não atacam nessa época. Já estamos na seca, esses ataques acontecem em épocas de cheia”, afirmou.

As poucas pessoas que foram aos balneários gostaram da tranquilidade. Segundo a assistente social Carla Santos, o local estava perfeito para aproveitar a água e relaxar com os filhos. “Muito bom. Pouca gente, tranquilidade, sol e água maravilhosa, prefiro assim, quando não tem muita gente”, disse. (E.S)

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