Polícia

Mulher questiona estacionamento em faixa de pedestre e sofre ameaças

Uma funcionária pública de 42 anos procurou a Folha, na tarde desta terça-feira, 21, para relatar que foi vítima de ameaça, danos morais e tentativa de atropelamento quando foi buscar a filha numa escola no bairro Mecejana, zona Oeste de Boa Vista. O motivo, segundo ela, foi o fato de ter questionado a um condutor por ele ter estacionado o veículo em cima da faixa de pedestre enquanto ela passava com a filha.

Ela relatou que às 12h15 estacionou o carro e foi buscar a filha no portão e, ao retornar pela faixa, um veículo da marca Chevrolet, cor amarela, conduzido por um homem de aproximadamente 55 anos, estacionou em cima da faixa de pedestre e, quando passava em frente ao carro, quase foi atropelada junto com a filha.

No mesmo instante, a mulher informou ao condutor que ele havia estacionado em lugar inadequado e que, além disso, quase a atropelou. O indivíduo retrucou dizendo que não havia faixa de pedestre naquele lugar, que era um “galinheiro” e não tinha local para estacionar. A vítima relata que apenas confirmou que a faixa deveria ser respeitada e seguiu para seu veículo.

A mulher disse que o homem desceu do carro, pegou o filho, colocou dentro de seu veículo e caminhou em sua direção quando já estava dentro do automóvel. “Ele abriu a porta, colocou o dedo na minha cara e fez ameaças verbais, inclusive tentando me agredir. Ele só não fez nada comigo porque alguns populares não deixaram”, afirmou.

A mulher chamou a polícia e afirmou que não iria deixar o homem fugir enquanto a viatura não chegasse. “Ele disse que eu poderia chamar qualquer pessoa porque ele não tinha medo. Foi quando entrei na frente do carro, mas ele disse que, se eu não saísse da frente, passaria por cima de mim e arrancou”, complementou.

Ela procurou o 1º Distrito Policial para registrar a ocorrência e o caso será investigado pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) “Eu registrei a ocorrência porque temo por minha vida e pela vida de minha filha. Todos os dias tenho que ir buscá-la. Se ele tivesse armado, teria me matado. Nunca vi aquele homem em toda a minha vida. Não sei de onde ele tirou tanto ódio”.

A vítima enfatizou que a escola tomou conhecimento do fato e comprometeu-se a emitir uma nota de repúdio nos próximos dias. Além disso, as imagens do circuito interno das câmeras de segurança foram solicitadas.

“Eu pedi as filmagens e uma mulher disse que vai me mandar a foto do carro estacionado em cima da faixa de pedestre. Tudo isso vai ser entregue à polícia. Não vou deixar impune. Ele fez isso porque sou mulher, estou me sentindo um lixo. Nunca fui tão maltratada. Ele me falou palavras que nunca ouvi de ninguém e tudo isso na frente da minha filha”, destacou. (J.B)