Polícia

Mulher tenta entrar na Penitenciária com droga e cédula em barra de sabão

Porção de maconha e uma nota falsa de R$ 50,00 foram colocados no meio de uma barra de sabão que seria entregue a um preso

Uma visitante da Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (Pamc) foi presa, na tarde desta quinta-feira, 17, durante a vistoria do material que ela levava para ser entregue a um detento. Na hora da entrega do material, o operador do raio-X desconfiou da atitude da mulher e decidiu analisar com cautela os produtos, quando encontrou uma barra de sabão recheada com drogas e uma cédula de R$ 50,00 possivelmente falsa.

Nos últimos meses, outros produtos ilícitos foram apreendidos no momento da entrega para vistoria, todos escondidos de maneiras inusitadas, como dentro de sandálias, na sopa e nas partes íntimas.

Depois do flagrante delito, a visitante foi encaminhada pela Polícia Civil ao 5º Distrito Policial para que os procedimentos legais fossem adotados. Os produtos apreendidos também foram apresentados à autoridade policial.

O diretor do Departamento do Sistema Prisional (Desipe), Elisandro Diniz, disse, em entrevista à Folha, que os operadores do raio-X têm um papel essencial para impedir a entrada de ilícitos nas unidades prisionais do Estado.

“Apesar de ter esteira de raio-X, sempre temos que ter atenção porque é a atenção do operador que define a apreensão do material. Hoje estamos contando com o apoio da Polícia Militar nesse trabalho enquanto segue a operação Cumpra-se a lei”, destacou.

Diniz afirmou que medidas são adotadas em ocorrências desta natureza. “Quando um visitante é pego com drogas, dependendo da quantidade, ele vai ser enquadrado no crime de tráfico. Então ele vai ser encaminhado para a Central de Flagrantes e o delegado vai decidir se enquadra ele como traficante ou como usuário”, frisou.

Com relação ao interno, que receberia a droga, o Desipe informou que ele sofre sanções, tendo restringidas por um período as visitas e a entrega de material. O visitante também ficará impedido de realizar visitas. “A gente inclusive vê a possibilidade de uma suspensão definitiva até que se decida como vai ficar a questão penal. O cadastro fica restrito e perde o acesso à unidade prisional”, frisou Diniz. (J.B)