Cotidiano

Mulheres roraimenses seguem com a menor expectativa de vida do país

Índices de mortalidade em Roraima estão entre os piores do País, com as mulheres vivendo, em média, 74 anos, e os homens 68,4 anos

A Pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta quinta-feira, 1º, apontou que a expectativa de vida das mulheres roraimenses nascidas em 2015 segue sendo a menor entre todos os estados brasileiros, passando a ser de 74,0 anos. Em 2014, era de 73,7 anos.

Os índices de mortalidade em Roraima estão entre os piores do País. O Estado é o quarto no ranking com a menor expectativa de vida do Brasil. De acordo com o IBGE, a esperança de vida ao nascer do roraimense passou de 70,9 anos, em 2014, para 71,2 anos, em 2015, bem abaixo da média nacional, que é de 75,5 anos. É a menor da região Norte, ao lado de Rondônia.

O estudo revelou um dado ainda mais alarmante no que se refere à pesquisa de gênero. Entre os homens roraimenses, a esperança de vida ao nascer de é de 68,4 anos, índice também inferior à média nacional. A taxa de mortalidade infantil em Roraima é de 17,39%, a 9ª maior do país e acima da média nacional, que é de 13,82%.

Apesar de estar abaixo da média nacional, a expectativa de vida do roraimense cresceu nos últimos 10 anos, segundo o Instituto. Em 2005, a esperança de vida ao nascer no Estado era de 67,5 anos. Os homens viviam, em média, 64,7 anos e as mulheres, 70, 8 anos.

Para os homens e as mulheres as maiores expectativas de vida ao nascer pertenceram ao Estado de Santa Catarina, 75,4 e 82,1 anos, respectivamente, uma diferença de 6,7 anos em favor das mulheres. Uma recém-nascida em Santa Catarina esperaria viver em média 8,1 anos a mais do que uma recém-nascida em Roraima.

A mortalidade é diferencial por sexo, a masculina é sempre superior à feminina. Contudo, a expectativa de vida dos homens em Santa Catarina, que é de 75,4 anos, é superior à das mulheres de Roraima, que vivem em média 74,0 anos.

PESQUISA – Desde 1999 o IBGE divulga anualmente a Tábua Completa de Mortalidade correspondente à população do Brasil, com data de referência em 1º de julho do ano anterior. Esta divulgação tem sido realizada em cumprimento ao Artigo 2º do Decreto Presidencial nº 3.266, de 29 de novembro de 1999.

A taxa de mortalidade anualmente divulgada, e que apresenta a expectativa de vida às idades exatas até os 80 anos, tem sido utilizada como um dos parâmetros necessários à determinação do chamado fator previdenciário para o cálculo dos valores relativos às aposentadorias dos trabalhadores que estão sob o Regime Geral de Previdência Social.

NACIONAL – A taxa de mortalidade projetada para o ano de 2015 forneceu uma expectativa de vida de 75,5 anos para o total da população, um acréscimo de 3 meses e 14 dias em relação ao valor estimado para o ano de 2014 (75,2 anos).

Para a população masculina o aumento foi de 3 meses e 22 dias passando de 71,6 anos para 71,9 anos, em 2015. Já para as mulheres o ganho foi um pouco menor, em 2014 a expectativa de vida ao nascer era de 78,8 anos se elevando para 79,1 anos em 2015 (3 meses e 4 dias maior).(L.G.C)