Cotidiano

Números mostram que 788 empresas foram abertas e 400 fecharam em 2016

Chegada em massa dos estrangeiros possibilitou abertura de empresas no setor de alimentação, comércio ou representação de produtos alimentícios.

Conforme dados da Junta Comercial do Estado de Roraima (Jucerr), 788 empresas foram constituídas e 400 foram extintas durante o ano de 2016. O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Edson Freitas, avaliou que, apesar do índice preocupante, o número de abertura é quase o dobro. Ele explicou que, a questão de abrir e fechar uma empresa é um processo natural, mas que tem aumentado consideravelmente.

“Em 2015, mais de 100 empresas do Brasil fecharam as portas. Em 2016, o número ultrapassou 108 mil. No caso de Roraima, estamos no saldo positivo em relação ao resto do país”, explicou o empresário. Ele informou que, comparando janeiro de 2016 com 2015, houve um aumento de 8% na abertura de novas empresas, mas que, no exercício de 2016, foi registrada uma redução de 12%.

Apesar dessa redução, Freitas considerou que o Estado está em desenvolvimento com a abertura de novas franquias e lojas nos shoppings. Para ele, os maiores números de aberturas são de empresas individuais, sem considerar o microempreendedor individual, como a chegada em massa dos estrangeiros que apostam no setor de alimentação, comércio ou representação de produtos alimentícios.

Em relação às extintas, o presidente declarou que são as empresas que não alcançaram a maturidade ou que não conseguiram dar continuidade ao trabalho em razão da concorrência, falta de planejamento ou capital de giro. Ele ressaltou que as empresas extintas não fazem parte das que abriram e que podem ter sido fechadas por questão de legislação.

CRESCIMENTO – Para Edson Freitas, o número de empresas novas tende a crescer com o processo de modernização da Jucerr, que vai permitir aos processos mais celeridade, tendo em vista que, por vezes, a empresa esperava seis meses para se tornar regularizada. Com a modernização, a Junta Comercial vai estar integrada ao Estado, Prefeitura, Meio Ambiente, Corpo de Bombeiros e Receita Federal.

Cada processo será medido por risco de atividade. Nos casos de baixo risco, a empresa é liberada de imediato. Em médio risco, haverá um prazo maior para a liberação das licenças. No alto risco, a empresa precisará passar por todos os órgãos para garantir a regularidade. “Em março cresce de vez ou diminui, porque só vai ter empresa com o certificado digital. É para o bem de todos, mas os cidadãos precisam ter cuidado, a vida dele inteira vai estar em um chip”, ressaltou. (A.G.G)