Cotidiano

Obras da unidade de combate ao câncer começam no próximo mês

Para o deputado a iniciativa vai melhorar a recuperação do paciente e reduzir custos com TFD

Em visita ao Estado na última quinta-feira, 21, o presidente Michel Temer (MDB) assinou a ordem de serviço para criação da primeira unidade de radioterapia em Roraima. Conforme o deputado federal Hiran Gonçalves (PP) a previsão é que as obras do Centro de Tratamento e Combate ao Câncer sejam iniciadas no próximo mês.

Durante entrevista ao programa Agenda Parlamentar na Rádio Folha 1020 AM no sábado, 23, o deputado deu detalhes sobre o assunto. Informou que a criação da unidade de radioterapia é uma necessidade antiga dos pacientes diagnosticados com a doença. 

Segundo Hiran, Roraima necessitava de um ciclo completo para tratamento do câncer que envolve o diagnóstico precoce, tratamento cirúrgico e o quimioterápico. O tratamento por radiação era o último que não existia no Estado.

“Foi uma luta. Passaram seis ministros [de Saúde] e a gente não conseguia andar com esse projeto, que faz parte do plano de expansão da radioterapia do país. O governo brasileiro comprou 80 aceleradores lineares [aparelho que gera uma forma de radiação] e nós ficamos na fila para implantar”, afirmou o deputado.

Gonçalves disse que na época em que o atual ministro da Saúde, Ricardo Barros, assumiu a pasta, o processo começou a ser acelerado, culminando com a assinatura da ordem de serviço.

“Já houve uma licitação pública, uma empresa nacional especializada ganhou e vai fazer a instalação. A obra será próximo ao Hospital Geral de Roraima (HGR), custará R$ 10,2 milhões e a perspectiva que ela comece a ser operacionalizada em 30 dias e inaugurada nos próximos doze meses”, afirmou Hiran. 

IMPORTÂNCIA – O deputado diz ainda que a criação da unidade facilitará o tratamento para o paciente e para o Estado, considerando que muitos deles não precisarão mais se deslocar para outros estados para cuidar da saúde.

“Nós aprovamos cerca de 30 tratamentos fora de domicílio (TFD) por mês para pessoas irem se cuidar fora de Roraima. É um número alto. Das pessoas que tem câncer, o índice é de 90% a 95% que precisam fazer tratamento fora. Ou seja, os custos com a saúde acabam sendo muito altos”, afirma.

Além disso, está comprovado que quando se faz o tratamento da doença com apoio da família e dos amigos, a resposta é mais positiva. Principalmente, considerando as características do Estado.

“Imagina sair de Roraima, alguém do interior, que tem uma cultura de vida no campo e ter que ir para São Paulo, pegar um metrô para fazer uma radioterapia. Tudo isso deixa a pessoa fragilizada e impacta no tratamento. Quando estamos psicologicamente bem, toda a parte imunológica funciona melhor”, finaliza. (P.C.)

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