Cotidiano

Oficina debaterá Políticas Indígenas

O objetivo é apresentar alternativas de desenvolvimento por meio do turismo em comunidades indígenas

Entre os dias 23 e 25 de maio, acontecerá a Oficina Estadual de Políticas Indígenas. O evento promovido pelo governo através da Secretaria Estadual do Índio (SEI) será no auditório Alexandre Borges da Universidade Federal de Roraima. 

No evento, que começa pela manhã e encerra às 18h, lideranças e representações das comunidades terão a oportunidade de participar de palestras sobre as potencialidades e vocações econômicas das terras indígenas por meio do Turismo.

O titular da SEI, Dilson Ingarikó, afirmou que o evento tem importância de facilitar o entendimento das comunidades em relação aos direitos indígenas e o usufruto da terra. “As comunidades indígenas têm interesse de trabalhar com o etnoturismo ou turismo ecológico em suas terras. Esse evento busca ouvir lideranças como forma de consulta prévia. Queremos que elas digam, decidam no final do evento o tipo de turismo que querem em suas terras, conforme as potencialidades da região”, explicou.

No primeiro dia, serão ministradas duas palestras. A primeira abordará o tema: “As Terras Indígenas de Roraima: Um Panorama Sobre Seus Potenciais e Vocações Econômicas”, proferida pelo titular da Secretaria Estadual de Planejamento e Desenvolvimento (Seplan), Haroldo Amoras, tendo como moderador o titular da SEI, Dilson Ingarikó.

Ainda no primeiro dia, a segunda palestra traz o tema: “Turismo Em Terras Indígenas: Uma Análise à Luz da Instrução Normativa 3 da Funai”, ministrada por Inayê Perez, da Funai, e Manoela Lamenha, do Ministério Público Federal, tendo como moderador o adjunto da SEI, Hugo Cabral.

“A Funai em 2013 criou uma Instrução Normativa que trata a questão do Turismo Comunitário nas Terras Indígenas, que precisa ser bem explicada e discutida para viabilizar as atividades nas terras indígenas. Esse evento é para fazer uma exposição, para eles entenderem como pode se dar o usufruto. O turismo permite o desenvolvimento das comunidades indígenas que estão paradas sem nenhum tipo de fomento, de políticas indígenas”, disse Dilson Ingarikó.

No segundo dia, serão abordados temas como o fortalecimento da organização produtiva das comunidades indígenas através do cooperativismo e do associativismo. No mesmo dia, será abordado o tema: O Ministério do Turismo como parceiro das comunidades indígenas.

“Por último vamos tratar da questão de associativismo e cooperativismo ligados ao empreendedorismo. Esta é uma forma que as comunidades têm de se organizar na concepção do Estado e como pretendem fazer isso, se por associativismo, ou cooperativismo. Uma forma que eles tenham para apresentar para o Estado, para a gente poder fazer o projeto, não só a Secretaria do Índio, mas o poder público em geral, como o município, o estado e o Governo Federal e até mesmo a Funai”, pontuou Dilson.

Ele frisou ainda que a organização indígena tem formas de desenvolver turismo em suas terras. “O turismo vem para contribuir com melhoria da economia, das comunidades, para que os próprios jovens que estão em suas terras possam servir aos turistas, fortalecendo a sua cultura, seus estudos, a sua produção”, concluiu.

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