PM evita possível execução de jovem e prende faccionados

Os casos de execução e desova de corpos tornaram-se quase que rotineiros em Boa Vista. Uma guarnição da Polícia Militar (PM) foi acionada na madrugada de ontem, dia 13, para averiguar uma ocorrência em que um jovem, de 20 anos, estava sendo mantido em cárcere privado por uma facção criminosa, aguardando apenas o momento de ser morto. Ele foi sequestrado às 4h50, na Rua Ouro Verde, bairro Jardim Primavera, zona Oeste da Capital.

Conforme os policiais, a irmã da vítima foi responsável pela denúncia. Ela descobriu que o rapaz tinha sofrido a ação de alguns criminosos e que estava como refém em num apartamento localizado numa vila do bairro Santa Tereza, também zona Oeste, pronto para ser executado.

Os policiais também receberam a informação de que a vítima estava num bar desde as 22h. A guarnição ainda fez diligência até o ponto comercial, mas ninguém com as características do jovem foi encontrado, somente um amigo. Quando o rapaz foi questionado sobre o paradeiro da vítima, relatou que ela estava numa residência que fica no bairro Caranã, ainda zona Oeste, mas durante as buscas a casa não foi encontrada.

Dando continuidade às ações, os policiais receberam a denúncia de um indivíduo afirmando que o jovem estava escondido na vila e, assim que chegaram ao endereço, encontraram o portão entreaberto e dentro de um dos apartamentos estava um casal e um adolescente, de 17 anos. Eles permitiram a entrada no imóvel, onde foram achados dois cartuchos de espingarda calibres 16 e 20, intactos, além de um estivador [moedor] contendo substância aparentando ser maconha.

Nos aparelhos celulares do trio, havia trocas de mensagens instantâneas que comprovam a ligação deles com uma organização criminosa. As conversas faziam referência à vítima, conhecida pela alcunha de “Salsicha”. A polícia não explicou no Relatório de Ocorrência Policial (ROP) se o rapaz foi resgatado.

Os três indivíduos e mais um quarto sujeito foram conduzidos à Central de Flagrantes do 5o DP, onde foram ouvidos pela autoridade policial e autuados em flagrantes pela prática do crime de porte ilegal de arma de fogo. Eles foram conduzidos na manhã de ontem à Delegacia-Geral de Homicídios (DGH) para investigação. Eles também poderão ser enquadrados no crime de organização e associação à facção criminosa. Também foram submetidos à audiência de custódia com a Justiça. (J.B)