Cotidiano

PM reforça policiamento e orienta comunidades do Baixo Rio Branco

Desenvolvida desde 2015, a iniciativa contou esse ano com apoio financeiro do Ministério Público do Trabalho

Reforçar as ações de vigilância na região do Baixo Rio Branco e realizar trabalhos relativos à educação ambiental entre as comunidades ribeirinhas são os objetivos do projeto Águas Seguras, desenvolvido pela Polícia Militar desde 2015 em parceria com diversas instituições.

“As ações do projeto consistem justamente em orientar a população ribeirinha da importância de reforçar a conscientização do meio ambiente, fazendo com que elas possam se desenvolver de forma sustentável que possam agir como fiscais do meio ambiente, para ajudar a região onde vivem, não deixando outras pessoas invasoras que vão lá somente para retirar os recursos naturais da região”, disse o comandante da ação, capitão Francisco Ponciano, da Companhia Independente de Policiamento Ambiental (Cipa).

Conforme o capitão, as primeiras ações desse ano foram executadas entre os dias 3 e 12 de julho, atendendo mais de 300 pessoas. Duas embarcações foram utilizadas para chegar até as 16 localidades assistidas pelo projeto, fruto de uma parceria entre a PM e o Ministério Público do Trabalho da 11ª Região (MPT 11-AM/RR).

“O projeto foi submetido para apreciação pelo MPT, que acabou abraçando a causa, destinando um recurso de R$ 20 mil, com contrapartida de R$ 7 mil, totalizando R$ 27 mil. Com isso, foram adquiridas as duas embarcações, que percorreram vilas ribeirinhas como Vila Remanso, Vila Caicumbi, Panacarica, Dona Cota, Lago Grande, Terra Preta, Canauani, Sacaí e Santa Maria do Boiaçú. Agora com essas embarcações teremos uma presença mais efetiva nessas comunidades”, comentou.

Ponciano explicou ainda que, diferente das edições anteriores, a ação de 2017 priorizou o debate sobre exploração do trabalho infantil e situações análogas ao trabalho escravo, realidade comum na região.“Não basta apenas fiscalizar. A orientação também é importante nessas comunidades. Muitos desconhecem a legislação”, frisou.

A equipe contou com a participação de sete policiais militares, além de fiscais do MPT, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Associação Amigos do Peixe-Boi (AMPA), Ministério Público do Estado de Roraima (MPRR) e Polícia Militar do Amazonas (PMAM). “Essa foi a primeira fase do projeto este ano, mas posteriormente a gente vai intensificar essas ações de fiscalização e de educação ambiental nessa e em outras regiões. Vale destacar ainda que esta é a primeira vez que a Cipa fica a cargo de coordenar a ação, já que antes a nossa atribuição se limitava somente à fiscalização”, salientou. (M.L)

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