Cotidiano

Pacientes com Lúpus pedem melhorias no atendimento e oferta de medicamentos

A manifestação ocorreu pela manhã, em frente a Secretaria Estadual de Saúde (Sesau)

Pacientes que fazem tratamento contra a Lúpus realizaram agora pela manhã uma manifestação em frente a Secretaria Estadual de Saúde (Sesau). Eles cobram explicações da pasta sobre a baixa oferta de medicamentos e a falta de especialistas para atender as demandas dos usuários atendidos pelo Estado.

Segundo a presidente da Associação de Pacientes de Lúpus de Roraima (APLR), Ildelene Ferreira, pelo menos cinco pacientes teriam morrido no últimos 40 dias por conta da falta de medicamento ‘Ciclofosmanina’, indicado para o tratamento de problemas renais.

“O tratamento contra a Lúpus é oferecido gratuitamente pelo SUS, no Hospital Coronel Mota. Atualmente, são cerca de 200 pessoas fazem esse acompanhamento, isso sem levar em consideração os pacientes da rede particular. As medicamentos são muito caras, custando em torno de R$ 800 a R$ 1 mil, e isso compromete o tratamento continuo do paciente, já que Sesau alega ter dificuldades para conseguir fornecedores”, contou.

Sobre a falta de profissionais, a presidente da APLR disse que somente um único médico realiza atendimento especializado na unidade, o que acaba prejudicando todo o processo de tratamento dos pacientes. “Nós temos uma demanda muito elevada de pessoas que buscam tratamento contra a doença e é impossível suprir tudo isso com apenas um único especialista. Fora que essa é uma situação que vem se arrastando há cerca de 05 anos”, frisou.

O OUTRO LADO

A Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) esclarece que que tem encontrado dificuldade em adquirir alguns medicamentos, como é o caso da ciclofosfamida, utilizado no tratamento de pacientes com lúpus. Já foram realizadas várias tentativas de compra, no entanto nenhuma empresa manifesta interesse ou as firmas interessadas não atendem aos requisitos necessários para que haja a contratação. Enfatizamos que a gestão precisa seguir normas rígidas para aquisição de medicamentos,​ ​principalmente no que diz respeito ao limite de preço, o que pode retardar algumas​ ​aquisições, como ocorreu neste caso. ​A pasta está fazendo o possível ​p​ara restabelecer o estoque deste medicamento o mais rápido possível.

Sobre a quantidade de profissionais, a dificuldade ocorre porque existe apenas um especialista em reumatologia no Estado, conforme o Conselho Regional de Medicina (CRM). Diante desta limitação, que decorre de fatores alheios à vontade da gestão estadual, a pasta estuda uma alternativa para aumentar a quantidade de atendimentos nesta área.