Saúde e Bem-estar

Crianças devem ter rotina de sono para o crescimento

Cerca de 90% do hormônio de crescimento é libertado durante o sono

Na infância, cerca de 90% do hormônio de crescimento é libertado durante o sono. As crianças que dormem menos tempo do que o aconselhado ou que apresentam distúrbios decorrentes do sono podem ter problemas no desenvolvimento físico, no fortalecimento do sistema imunológico, na consolidação da memória e dificuldades no relaxamento muscular.

De acordo com a pediatra Ana Carolina Brito, é durante o sono que há renovação celular, produção de hormônios e anticorpos assim como síntese de proteínas e regulação metabólica. Nas crianças, o sono contribui de forma importante para o seu crescimento corporal.

“O sono infantil é muito importante para o crescimento e desenvolvimento físico, distúrbios do sono na infância podem trazer prejuízos para a memória, enfraquecer o sistema imunológico e causar dificuldade no relaxamento muscular”, explica.

A hora do sono é um momento especial para o bebê, melhora o humor e ajuda em diversas situações. No entanto, o tempo para um sono reparador varia de acordo com as características pessoais. Refere também que dormir demais é tão mal como dormir pouco, estabelecendo limites mínimos e máximos aceitáveis.

“A rotina do sono contribui de maneira positiva para um sono tranquilo, por exemplo, os recém-nascidos dormem cerca de 17 h ao dia, acordando praticamente para mamar e por volta do primeiro mês, o sono mais longo se estabelece à noite, já entre 6 e 12 meses geralmente há duas a três sonecas ao dia”, explica.

Segundo a médica, a partir do primeiro ano a criança faz duas sonecas de dia e dorme mais longamente à noite. “A soneca da manhã é abandonada por volta do segundo ano, permanecendo a da tarde, até por volta do quinto ano. A rotina do sono é eficaz e gera bons hábitos”, explica.

Como promover uma boa rotina do sono?

Promover um horário regular da criança deitar todos os dias mantendo essa regularidade aos fins de semana, com uma diferença máxima de 30 minutos;

Ter uma rotina de deitar estabelecida com um ritual, que precede a ida para a cama, sempre idêntico (vestir o pijama, lavar os dentes, contar história, a título de exemplo);

Deitar a criança ainda acordada permitindo o uso de objeto de transição como uma fralda, chucha ou boneco;

Evitar adormecer em local que não a própria cama;

Evitar atividade estimulante antes de adormecer como exercício físico;

Não permitir a utilização de eletrônicos (televisão, celular, tablet ou jogos) antes de adormecer.