Cotidiano

Pela 3ª vez dependência química será tema de audiência na ALE/RR

A dependência química e o apoio a casas de recuperação e comunidades terapêuticas do Estado serão tema de audiência pública que será realiza na próxima segunda-feira, 19, a partir das 10h, na Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR). Segundo o líder do Movimento de Apoio aos Dependentes Químicos de Roraima, Kinho Correa, será a terceira vez que a Casa debaterá o tema. “A primeira vez que solicitamos não teve resultado, assim como a segunda. Agora tentamos novamente sensibilizar as autoridades”, disse.

Conforme ele, a audiência servirá para discutir o melhor atendimento em relação ao dependente químico em todas as esperas. “Nos hospitais, melhorias dos Centros de Atenção Psicossociais principalmente para que se tenha mais investimento nessa área. Também trabalhar a questão de prevenção às drogas nas escolas, que é muito precária”, afirmou.

 A intenção do movimento é a criação de um fundo para que os recursos públicos destinados ao combate às drogas não sejam realocados para outros setores. “A proposta é que existam recursos destinados somente para área de dependentes químicos, assim como foi criado para pessoas com necessidades especiais, porque às vezes a verba vem, mas aplicam no que querem”, destacou.

 Os temas estão divididos entre a dependência química e saúde pública; responsabilidade social do Estado; reflexos das ações das comunidades terapêuticas no Estado de Roraima; dificuldades das instituições do terceiro setor que trabalham com acolhimento e internação de dependentes; e as atuações do Poder Legislativo e Poder Judiciário, além do Ministério Público, no enfrentamento da dependência química.

APOIO – Para Kinho, as casas de recuperação de dependentes químicos precisam de mais apoio do poder público. “Todo bem apreendido com traficante, seja casa, carro ou dinheiro, é cautelado para a Justiça, que tem que remeter isso em trabalho voltado para usuários de drogas, mas isso não é feito. Vamos motivar a fazerem parcerias com as comunidades terapêuticas”, frisou.

Segundo ele, as unidades funcionam atualmente apenas de doações. “Queremos que tanto governo como Prefeitura invistam nessas casas de recuperação. Em são Paulo, o prefeito se rendeu e está buscando parceria com essas unidades, porque percebeu que só repressão não funciona. Tem que ter a repressão, assim como a recuperação, a prevenção e a reinserção social”, destacou.

Foram convidados para a audiência pública representantes da Secretaria Estadual do Trabalho e Bem-Estar Social (Setrabes), Secretaria Estadual de Saúde (Sesau), Coordenação Estadual de Vigilância Sanitária, Ministério Público do Estado (MPRR), secretarias municipais de Saúde de Boa Vista e interior, além das comunidades terapêuticas Casa do Pai, Fazenda Esperança, Agapão e Alto Refúgio. (L.G.C)