Polícia

Polícia Federal deflagra operação para prender cambistas ilegais em Pacaraima

Cinco pessoas que atuavam na fronteira fazendo câmbio ilegal foram presas e indiciadas por associação criminosa

Na tarde de quinta-feira, 02, a Polícia Federal (PF) deflagrou a operação intitulada “Xarafo”, com o objetivo de coibir a prática do câmbio ilegal na fronteira do Brasil com a Venezuela. Cinco pessoas foram presas. A ação aconteceu principalmente no Centro, onde se concentra o comércio do município de Pacaraima, que fica a aproximadamente 220 quilômetros da Capital, na região Norte do Estado.

De acordo com as informações da PF, cinco pessoas foram presas em flagrante, pela prática do crime de operação irregular de câmbio, como prevê o artigo 16 da Lei 7492/86. Além disso, também foram indiciados por associação criminosa (art. 288 do Código Penal Brasileiro (CPB). Houve ainda duas conduções coercitivas de estrangeiros proprietários de estabelecimentos comercias de Pacaraima e dois cumprimentos de mandados de busca e apreensão.

Enquanto os policiais cumpriam mandado de busca e apreensão foram encontrados 457.144,00 bolívares, uma máquina de contar cédulas e muitos anúncios de cotação do bolívar em relação ao real. Ao fim da operação, o total de bolívares apreendidos em poder dos cambistas foi de aproximadamente 2.412.750,00. Também havia mais R$ 5.704,00 armazenados em sacolas e mochilas.

“Na investigação restou apurada a associação criminosa dos cambistas que atuavam em Pacaraima na região denominada ‘Bandeira’ (limite da fronteira de Pacaraima com a Venezuela) realizando câmbio sem autorização do Banco Central”, diz a nota divulgada pela Polícia Federal.

Os cinco presos foram encaminhados à Capital, onde passaram pelos procedimentos previstos em lei e recolhidos à Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (Pamc), na zona rural de Boa Vista, onde ficarão à disposição da Justiça Federal.

XARAFO – De acordo com historiadores, na antiga Índia Portuguesa, no continente asiático, os xarafos eram responsáveis por toda a negociação cambial da época, tendo em vista que na região ancoravam as embarcações após o descobrimento de uma rota marítima. Na colônia, os cambistas aguardavam à beira-mar para iniciar as transações. (J.B)

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