Cotidiano

Prazo para inscrição de cooperativas interessadas em CDTs é prorrogado

Três Centros de Difusão Tecnológica – de fruticultura, piscicultura e laticínios – estão disponíveis

O Instituto de Amparo à Ciência, Tecnologia e Inovação (Iacti) prorrogou, até o dia 6 de janeiro, o prazo para a inscrição de cooperativas que estejam interessadas em assumir uma das três unidades disponíveis do Centro de Difusão Tecnológica (CDT) do Estado. Inicialmente, o prazo iria até a próxima sexta-feira, 30.

Atualmente, o Iacti possui quatro unidades de CDT: a de fruticultura, em Caracaraí, região Centro-Sul do Estado; a de piscicultura, em Mucajaí e a de laticínios, em Alto Alegre, a Centro-Oeste de Roraima; e a unidade de apicultura, no Cantá, região Centro-Leste, que já possui uma cooperativa responsável.

O edital está disponível na sede do Instituto, que fica na rua Domingos Braga, nº 44, São Francisco. “Qualquer cooperativa do ramo agroindustrial pode participar. O interessado deve fazer a inscrição e formular uma proposta, que deverá ser entregue até o dia 13 de janeiro”, informou o chefe da Divisão de Gestão de Cooperativas e Empresas do Iacti, Diego Teixeira.

As unidades do CDT visam à estruturação das cadeias produtivas do Estado. “As propostas das cooperativas serão analisadas por uma Comissão Especial e o resultado provisório sairá no dia 24 de janeiro”, afirmou.

Para participar, a cooperativa deve estar consolidada, deve estar com a documentação em dia, estar sem dívidas expostas, ter uma política de expansão no Estado e na região em que vai atuar, deve ter um bom nível de produção e deve ter associados do ramo, como fruticultores ou piscicultores. “Além destes requisitos, também precisaremos de informações, como o volume de vendas do produto do ano anterior e dos níveis de produção”, disse Teixeira.

A cooperativa receberá um prédio agroindustrial e administrativo para trabalhar com todo o equipamento necessário para o processamento da área. “Em contrapartida, a cooperativa precisará cuidar da manutenção do equipamento e zelar pelo patrimônio. Além de fomentar a difusão tecnológica em relação à industrialização básica, oferecendo pesquisa, conhecimento e ensino por meio de cursos para os produtores rurais. Este é o nosso objetivo”, relatou.

Para Teixeira, a iniciativa é positiva para a economia de Roraima. “A gente entende que o Estado é primariamente agrícola, pois tem vocação agropecuária. Por conta disso, tudo que trabalhamos em relação à ciência e tecnologia é voltado para estes setores”, afirmou. Contudo, ele diz que o retorno não é imediato, em curto prazo. “É algo que será desenvolvido em médio e em longo prazo. O que precisamos é continuar estruturando para colher os frutos no futuro”, complementou.

O Iacti acredita que o cooperativismo é um dos caminhos para o crescimento econômico. “Temos certeza de que seremos maiores economicamente quando conseguirmos fortalecer o pequeno produtor por meio das cooperativas. Existem projetos de sucesso em todo o Brasil, principalmente na região Sul, Sudeste e Nordeste. Então, estamos nos organizando para avançar em relação ao mercado”, concluiu. (B.B)