Política

Pré-candidato à Presidência quer implantar partido Novo em RR

Filiados ao Novo defendem liberalismo econômico puro e menos poder ao mundo político

O executivo João Amoêdo, que deixou o mercado financeiro para ajudar na criação do Partido Novo com o objetivo de reconstruir a política brasileira no longo prazo, ainda é um desconhecido para grande parte da população, principalmente a população do Norte. 

Agora é pré-candidato à Presidência pela sigla que ajudou a fundar por conta da insatisfação com a política tradicional e a crise institucional e mostra otimismo e meta ousada para 2018. Em entrevista à Folha, o fundador do partido defende liberalismo econômico puro e menos poder ao mundo político. Além disso, Amoêdo tem o ideal de divulgar nos diversos campos da política ideias já consolidadas na iniciativa privada, como o enxugamento da máquina do Estado e a promoção de eficiência à esfera pública.

O Partido Novo foi criado em 2010, mas oficialmente passou a existir em setembro de 2015, como a 33ª sigla em atividade no país – hoje já são 35 – e conquistou 260 mil votos país afora nas eleições municipais de 2016, emplacando quatro vereadores.

João Amoêdo se diz um novato na política nacional e, até por esse motivo, quer fazer o contrário do que os velhos políticos fazem. Para ele é fundamental, participar, influenciar e interferir na reconstrução da política nacional.

“O Novo começou do zero, com membros da sociedade civil, sem nenhum político e temos várias práticas bastante diferentes. Então, nessa eleição queremos ganhar, mas também temos como desafio maior o de divulgar as ideias principais do Novo”, explicou.

Ele conta que o partido tem como objetivo se estruturar no Norte do País. “Montamos recentemente em janeiro um núcleo lá em Belém e outro em Manaus e a próxima etapa é montar um aqui em Boa Vista. Lutamos por práticas novas na política e por isso, não conseguimos trazer políticos tradicionais para o partido, pois os políticos no Novo têm que abrir mão de privilégios, benefícios. Por exemplo, os vereadores do Novo que foram eleitos reduziram em 70% o número de assessores e em alguns casos até 50% das verbas de gabinete”, afirmou.

Amoêdo contou que para virar político no partido é preciso passar por um processo seletivo. “Tem processo seletivo, faz prova, entrevista, responde a questionamentos, o que é que ele vai fazer, como é que ele vai fazer, tem que explicar o entendimento dele do Legislativo, Executivo. Então quando alguns políticos que estão aí já pulam fora. Na hora que você chega para um político tradicional e fala que tem que abrir mão de assessor, tem que reduzir a verba de gabinete, que não vai ter dinheiro público e que ele tem pouco tempo de televisão, eles não voltam mais”, citou.

O Novo, segundo Amoêdo, é o único dos 35 partidos existentes que não usa dinheiro público para fazer campanha. “Não usamos nem o fundo partidário nem vamos usar esse fundo Eleitoral. Também só vamos coligar com quem tem os mesmos princípios e valores. Queremos renovar a política”, finalizou.