Polícia

Presídio Federal devolve líderes de facções para Roraima

Cinco integrantes apontados pela polícia, como lideranças de facções criminosas que atuam em presídios de Roraima, retornaram do presídio federal em Mossoró, no Rio Grande do Norte, para continuar cumprindo pena no sistema prisional do Estado. Eles desembarcaram no sábado, 10, na Base Aérea de Boa Vista. 

Os condenados já estavam no presídio federal há três anos e foram identificados como: Elivandro Batista Ferreira, o ‘Vandrinho’; Fabiano Alves dos Santos, o ‘Pé de Ferro’; Auiley da Silva Cruz, o ‘Lourinho’; Elieudes do Carmo Ramos, o ‘Titela’; e Lauro Patrício Augusto de Lima, o ‘Piriloco’.

Após a chegada em Roraima foram feitos os procedimentos de identificação, e os criminosos foram entregues na Cadeia Pública de Boa Vista.

A reportagem apurou que os cinco criminosos eram integrantes de uma das maiores facções que atuam dentro e fora do sistema prisional de Roraima, porém a transferência para a Cadeia, onde só estariam integrantes da facção rival, indica que eles podem ter mudado para outra organização criminosa, fato este que ainda está sob investigação, conforme adiantou uma fonte do alto escalão da segurança pública.

Todos foram apontados em 2016 pelo Ministério Público como integrantes de um “Tribunal do Crime’ que ordenava a morte de policiais, agentes públicos, membros do Ministério Público e do Judiciário.

Segundo a Secretaria Estadual de Justiça e Cidadania (Sejuc), a transferência ocorreu porque não houve a renovação por parte do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) para a extensão do prazo de permanência deles em presídio federal de segurança máxima.

OPERAÇÃO – Em julho de 2017, seis integrantes apontados pela polícia como lideranças da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), no Estado, retornaram do presídio federal em Mossoró, no Rio Grande do Norte, para continuar cumprindo pena no sistema prisional de Roraima. Os presos eram Edson da Silva Ferreira, 40, o “Black”; Geovanes Barbosa Hofmann, 27, o “Carote”; Diego Mendes de Andrade, 25, o “DG”; Anderson Maxuelle Mafra, 31, vulgo “Gongo”; Bruno Almeida da Silva, 21, mais conhecido como “Sarapó”; e Anderson Tiago dos Santos Moraes, 25, o “Motoqueiro”. Eles são acusados de vários crimes, dentre eles tráfico de drogas, homicídios e de organizar a facção criminosa PCC dentro das unidades prisionais em Roraima. Todos estavam fora do Estado desde novembro de 2014 após a Operação Weak Link, desencadeada pelo Ministério Público de Roraima (MPRR) e Polícia Federal (PF), visando desestruturar o PCC nos presídios roraimenses.

O prazo máximo de permanência dos presos na unidade prisional de segurança máxima é de 365 dias prorrogável por igual período, mas como eles já estavam lá desde 2014, o prazo expirou-se. Um terceiro pedido de renovação para permanência dos presos na unidade prisional federal de Mossoró foi feito pela Justiça de Roraima, mas foi negado.