Polícia

Preso encontrado enforcado atualizava Facebook da Cadeia

Richer Pereira Costa, 23, estava preso por roubo e assumia ser integrante do PCC

O detento Richer Pereira Costa, 23, encontrado espancado e enforcado na Ala 7 da Cadeia Pública de Boa Vista continua vivo nas redes sociais.

Mesmo morto, Richer ainda tem um perfil no Facebook em que postava imagens que teriam sido registradas na cadeia, além de frases de músicas e reflexões sobre a vida no cárcere.

A conta do usuário teve postagens com mensagens no dia em que seu corpo foi encontrado, demonstrando que estava apreensivo com traições e afirmou “não confiar em ninguém”.

Antes dessa data, o detento postou fotos de dentro da cadeia, uma das quais usou no perfil da rede social.

Também reclamou do tédio no sistema carcerário: “tic tac o relógio da cadeia anda em câmera lenta” e disse ser o”terror da capital”

Em um post feito no domingo (16), dia em que foi encontrado morto, o detento teria ligado para a namorada de dentro da cadeia perguntando se ela ia visitá-lo.

A namorada, de 20 anos, que tem um bebê, também se gaba via facebook de pertencer a “família” e aparece em fotos fumando algo que aparentemente é “maconha”

O detento postava sempre no final das mensagens o número 1533, que na linguagem da bandidagem significa integrante do crime organizado.

A 15° letra do alfabeto é o “P”, a 3° é o “C” então 1533 é uma sigla que significa “PCC”, e essa sigla significa “Primeiro Comando da Capital”, seguido de números que que possam identificá-los dentro das facções (conhecido como matrícula).

OUTRO LADO – A reportagem da Folhaweb procurou a assessoria de comunicação do governo de Roraima que informou que a Sejuc (Secretaria estadual de Justiça e da Cidadania) está apurando de forma rigorosa o uso de celular pelo reeducando Richer Pereira nas dependências Cadeia Pública de Boa Vista.

O secretário da Sejuc, delegado Uziel Castro, determinou a realização de um levantamento de custos em caráter de urgência para a aquisição de bloqueadores de celular que serão instalados nas unidades prisionais de Roraima, no sentido de coibir estas ações.