Cotidiano

Produtor que não vacinou rebanho ou notificou Aderr será multado

Prazo para notificação encerrou ontem; Multa por gado não vacinado é de R$ 72

Encerrou às 17h30 desta segunda-feira, 15, o prazo para que os criadores de bovinos notificassem a vacinação do rebanho contra a Febre Aftosa. A partir de agora, a Agência de Defesa Agropecuária de Roraima (Aderr) iniciará as buscas ativas nas propriedades rurais dos pecuaristas que deixaram de informar ao órgão se o gado foi ou não vacinado.

Segundo o diretor-presidente da Aderr, Vicente Barreto, a notificação é fundamental para atualizar o rebanho de bovinos do Estado, que é estimado em 960 mil cabeças. “O mais importante, além da confirmação da vacina, é o produtor poder notificar e fazer a evolução do rebanho. Tem que dizer como a propriedade está, quantos animais nasceram, quantos ele comprou e fechamos com essa notificação”, disse.

Conforme ele, a atualização do cadastro dos proprietários torna o sistema pronto para poder agir de forma eficiente. “Na segunda etapa ano passado foram 97% de vacinação, o que é uma média boa e esperamos que continue com esse padrão, até pelas vendas de 900 mil doses nessa primeira etapa que foram efetuadas aos criadores”, destacou.

O produtor que tiver vacinado o animal e não notificar a Aderr da vacinação paga multa de R$ 72 por animal e R$ 1.098 pela propriedade. “O produtor que não notificou é acusado pelo sistema e cai na lista de inadimplência. A partir de hoje as equipes começam a fazer busca ativa nas propriedades”, informou Barreto.

Além da possibilidade de sofrer sanções, os pecuaristas serão obrigados a vacinar o rebanho na presença de técnicos da Aderr. “O produtor é autorizado para que compre a vacina fora do prazo e tem que vacinar o rebanho na presença dos técnicos, na chamada fiscalização assistida”, frisou.

Barreto ressaltou que a parceria dos produtores durante as duas campanhas de vacinação que ocorrem durante o ano é fundamental para manter o status de livre de aftosa com vacinação, conquistado em 2017. “A preocupação que temos é que conseguimos esse status graças ao investimento na Aderr e a parceria dos produtores. Foi uma conquista importante e não podemos de modo algum fazer com que isso comece a retroceder”, declarou.

ÁREAS DE PROTEÇÃO – O presidente da Aderr citou a intensificação da fiscalização nas áreas de proteção situadas nas faixas de fronteira de Roraima. “Precisamos divulgar a nossa área de proteção em Pacaraima por conta da situação da Venezuela. Existe possibilidade forte de febre aftosa lá e precisamos criar a zona de proteção que requer fiscalização mais eficiente contra os produtos de origem animal que entram no Estado, como carne, leite e derivados. Tem que ter procedência sanitária. Sem isso não conseguimos manter o status e não conseguiremos a área livre internacional que queremos para abrir mercados internacionais”, pontuou. (L.G.C)