Política

Professor diz que para mudanças, responsabilidade principal é do eleitor

Neste ano, a população tem a responsabilidade de eleger os governantes que tomarão conta do Estado e do País pelos próximos quatro anos. Em entrevista ao Programa Agenda da Semana, na Rádio Folha AM 1020, no domingo, dia 8, o professor da Universidade Federal de Roraima (UFRR) e cientista político Roberto Ramos, destacou o importante papel que o eleitor tem nesse processo. Afirma que para mudanças efetivas, o cidadão deve analisar bem o perfil dos candidatos, antes do voto.

Conforme o professor, algo interessante vem acontecendo no cenário político local desde as eleições municipais de 2016. “Tivemos uma renovação de quase 80% na Câmara de Vereadores. Nosso grande problema ainda é a qualidade. Não adianta trocar por outros do mesmo tipo, ainda falta qualidade no voto. É preciso escolher melhores candidatos para provocar uma mudança, não adianta votar em quem já passou pelo poder. Assumir essa responsabilidade é importante”, frisou.

Para a escolha de novos nomes que venham fazer uma mudança efetiva, tanto no estado, quanto no País, Ramos defendeu uma análise profunda das propostas e perfis dos candidatos. “É fundamental ver os valores que essas pessoas defendem, os políticos são nossos representantes. É preciso acordar para a responsabilidade dessa escolha. Não adianta o discurso do rouba, mas faz, por isso estamos na mesma situação há anos”, afirmou.

A escolha de novos nomes passa pelo crivo da população, que se baseia na opinião pública para as suas escolhas. Para o cientista político o grande problema é que se tem um tipo de formação pública muito superficial, com uma profunda carga ideológica usada em interesse próprio.

“Vivemos um momento de aprofundamento do processo de formação educacional se compararmos aos anos anteriores. Mas é um aprofundamento que exibe uma superficialidade muito grande, as pessoas tem mais escolaridade e menos poder crítico. As pessoas assistem televisão e formam sua opinião a partir da mídia. Elas ficam sujeitas a esses discursos, isso é perverso, pois afasta as pessoas da política, pois é um espaço pra nós, para cada cidadão, pois é deste modo que escolhemos os nossos representantes”, pontuou.