Polícia

Professoras são atacadas e roubadas por criminosos

Duas professoras viveram momentos de terror enquanto retornavam para Boa Vista, no começo da noite da noite da terça-feira, dia 13. Elas foram abordadas por dois assaltantes que tomaram a motocicleta e ainda levaram uma das mulheres, fazendo ameaças de morte e de estupro. Uma das vítimas teve que se jogar da moto em movimento para fugir das garras dos criminosos. O fato ocorreu na estrada que dá acesso à Comunidade do Morcego, na região da Vila do Passarão, zona Rural de Boa Vista.

A Polícia Militar foi acionada e chegou ao local para atender as vítimas, mas descobriu que uma delas já tinha sido socorrida e levada ao Hospital Geral de Roraima (HGR) por necessitar de atendimento médico. As professoras lecionam na Escola Municipal Indígena Martins Pereira da Silva e fazem o percurso todos os dias.

A única vítima que permaneceu no local deu detalhes do crime. Ela e a companheira seguiam pela estrada, quando tiveram que reduzir a velocidade para passar por uma espécie de ponte, conhecida como “mata-barro” e surpreenderam-se ao ver que dois indivíduos, encapuzados e armados com faca, saíram do mato.

Elas foram rendidas, uma delas obrigada a descer do veículo, e a outra acabou sendo levada pelos bandidos. A vítima que permaneceu na mira da dupla de assaltantes contou que foi ameaçada de ser estuprada e de morte e que estava sendo levada, possivelmente, para o local da execução, pois os elementos queriam ficar com o veículo.

Ao perceber que uma van, que transposta alunos, se aproximava, ela pulou da moto e teve ferimentos profundos. O motorista da van prestou assistência à mulher e os assaltantes continuaram a fuga. A PM disse que fez algumas diligências, com o objetivo de encontrar qualquer suspeito, mas devido à escuridão e por ser uma área extensa, não conseguiu localizar os meliantes. A moto foi encontrada à distância de 12 quilômetros do ponto em que as professoras foram abordadas.

O esposo da mulher ferida denunciou o caso à Folha e destacou que sua esposa tem ferimentos profundos no corpo e está psicologicamente abalada. Ele assegurou que os suspeitos eram venezuelanos. Até o fim da tarde de ontem, dia 14, ninguém tinha sido preso. (J.B)