Cotidiano

Projetos apresentam o “Universo Tecnológico IFRR”

Demonstração de software mobile, web e desketop; demonstração do kit de robótica e divulgação do IF KaRRt fazem parte do evento

O “Universo Tecnológico IFRR” é o tema do IF Comunidade: cidadania e responsabilidade social, que ocorre até a noite deste domingo, 3, no espaço de eventos do Pátio Roraima Shopping. Por meio de projetos de cunho inovadores, em seus diversos cursos, o Campus Boa Vista do Instituto Federal de Roraima (CBV-IFRR) apresenta ao público, que visita o shopping neste final de semana, resultados de ações na área do ensino, pesquisa e extensão, que visam promover a ampliação do saber, do conhecimento científico na perspectiva da inovação tecnológica.

Projetos
– Demonstração de software mobile, web e desketop; demonstração do kit de robótica e divulgação do IF KaRRt: competição de carrinhos mecatrônicos; apresentação de painel solar para semáforos; produção de material com o AutoCad; apresentação do Ambiente Virtual de Aprendizagem do Departamento de Educação a Distância (AVA-Dead); apresentação de softwares produzidos pelos alunos nos projetos Startups e Doutores da Informática; lançamento de foguetes produzidos com materiais recicláveis; avaliação física; apresentação de práticas de primeiros socorros, são apenas alguns dos projetos levados para os stands do IF Comunidade que ilustram o universo tecnológico presente no âmbito do IFRR e da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica (EPT) composta por 38 institutos e 664 campi em todo o país. Somente o IFRR, possui 5 campi em funcionamento (Boa Vista, Boa Vista Zona Oeste, Novo Paraíso, Amajari e Bonfim) e atende cerca de 5 mil alunos, na capital e interior.

O IFRR pertence a essa importante rede e tem-se destacado em diversos segmentos, como é o caso da educação inclusiva. Por meio das tecnologias assistivas apresentadas pela equipe do Núcleo de Atendimento a Pessoas com Necessidades Educacionais Específicas (Napne ), durante o evento, é possível perceber como a instituição evoluiu na implementação da política da educação inclusiva. A professora Anazita Lopes, explica que o objetivo do Napne não é somente atender às pessoas com algum tipo de deficiência, mas, sobretudo, ajudar aqueles que apresentam algum tipo de dificuldade, seja de aprendizagem ou de adaptação, por conta de alguma limitação.

Atualmente, o Campus Boa Vista atende cinco alunos surdos, em cursos técnicos e superiores, que participam de um projeto conhecido como “Letramento”. “O letramento não é uma alfabetização, pois é desenvolvido com aqueles que já usam a escrita para se comunicar através do celular, internet ou de algum bilhete, por exemplo, mas que quando tentam fazer a leitura e ou produção de outro tipo de texto não conseguem, devido à dificuldade de contextualização, uma vez que dispõem de um vocabulário bastante reduzido. Esses alunos, por vezes, até conhecem o sinal em libras, mas não conhecem a palavra e seu significado. Assim não terão como fazer uma redação para o vestibular, por exemplo. Como hoje a lei prevê que a educação do surdo seja bilíngue, em libras como primeira língua e em língua portuguesa como a segunda língua, nós do Napne fazemos justamente esse trabalho de ampliação do vocabulário, por meio de aulas de língua portuguesa, de libras e também de matemática, sempre com o apoio dos intérpretes”, esclareceu Anazita.

Ela ressalta ainda a importância de apresentar o trabalho do Napne no IF Comunidade. “Vejo esse momento como uma oportunidade fantástica para que a comunidade conheça nossas ações e também como um rico momento de troca de experiências, pois visitando outros stands e projetos, vislumbro possibilidades de parcerias futuras com o intuito de ampliar as ações do Napne. Ao assistir as práticas de primeiro socorros, do curso Técnico em Enfermagem, me veio a ideia de trazê-los para o núcleo, para que possamos ensinar os alunos-surdos como atuar em momentos de necessidade, caso precisem ajudar a um familiar ou amigo, pois eles não compreendem as técnicas”, falou empolgada a professora.

O aluno do curso Técnico em Informática, Mateus Galvão Oliveira, diz que apresentar o IFRR em um local com ampla circulação de pessoas, como é o caso do shopping, oportuniza o alcance de um público maior. “Aqueles que veem para o cinema, para a praça de alimentação ou mesmo para fazer suas compras, tem a oportunidade de visitar também uma extensão do IFRR, já que, muitas dessas pessoas, não tem acesso ao que a gente faz, eles não se sentem motivados para nos visitar em nossos campi e estando aqui fazemos o caminho inverso surtindo um efeito bastante positivo. Nós possuímos um amplo grau de produção do conhecimento, nossos professores são muito bem preparados e nos ensinam, principalmente, a buscar respostas, a investigar, a não se acomodar e a resolver problemas. Desenvolvemos projetos tão bons quanto aos produzidos nas grandes universidades e quando chegarmos ao ensino superior estaremos bem mais preparados”, disse o aluno.

Assim como Mateus, a senhora Simone Galdêncio da Silva, mãe do aluno Simon da Silva Santos, do curso Técnico em Informática, fez questão de visitar o evento, acompanhada do filho. Ela diz que a realização do IF Comunidade no shopping é algo inovador e facilita o acesso do público às informações relativas aos cursos da instituição. “As informações sobre os cursos, estudos, pesquisas e projetos em geral são importantes, não só para mim, enquanto mãe de aluno e enquanto cidadã, mas para toda a sociedade. O sonho de toda mãe é que o filho estude em uma escola federal de qualidade, então espero que ele conclua seus estudos no IFRR, cursando inclusive o nível superior”, relatou Simone.

 

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