Política

Provas de revalidação de diplomas de Medicina serão feitas duas vezes ao ano

Na semana passada, a Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF) da Câmara aprovou o Projeto de Lei nº 4.067/2015, que trata sobre a regulamentação do Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Universidades Estrangeiras (Revalida).

Conforme o presidente da comissão e um dos autores da proposta, deputado federal Hiran Gonçalves (PP), durante o programa Agenda Parlamentar, na Rádio Folha 1020 AM, no sábado, 15, o projeto prevê que a realização da prova de revalidação dos diplomas de brasileiros que fazem o curso de Medicina fora do país e dos estrangeiros que decidam trabalhar no Brasil seja feita duas vezes ao ano.

“Nós estávamos no Congresso Nacional, com o projeto de lei do Revalida, que é um decreto do Ministério da Educação e não era algo regulamentado por lei. O projeto estava parado há sete anos e nós fomos discutir com o movimento médico, Conselho Federal de Medicina, entre outros. Fizemos uma grande discussão e conseguimos construir um relatório que fosse do interesse de todos, garantindo que as provas, apesar de serem rigorosas, serão avaliações elaboradas pelas universidades públicas”, explicou o deputado.

Com relação à aplicação das provas, Hiran informou que a realização é voltada para o método de formação das instituições brasileiras. “Muitos médicos se formam no começo e no meio do ano. Assim, eles vão ter a oportunidade de poder estudar para a prova. Está consignado em lei que vão existir duas provas nacionais do Revalida, realizadas no mesmo dia, no país”, disse.

Além disso, o projeto também já foi apresentado à Comissão de Educação. “Solicitamos que fosse nomeado um relator para que o projeto passe pela comissão e em seguida, para a Comissão de Justiça, para depois ser sancionado”, frisou o deputado ao acrescentar que o projeto é uma forma de auxiliar os muitos jovens brasileiros que vão para o exterior para curar o ensino superior. “Existem muitas razões para o jovem cursar medicina fora do país. Às vezes, por tentar prestar o vestibular repetidas vezes no país e não conseguir, ou por pessoas com uma renda menor que não têm condições de pagar um curso em uma instituição privada, que cobra em média aqui no país, cerca de R$ 7 mil por mês”, disse.

“Nós temos também que resgatar uma injustiça que acontece no país. Os mais ricos colocam as crianças nas escolas privadas, que normalmente são de maior qualidade e, quando esses alunos se formam, têm maior chance de passar em uma universidade pública. Os mais pobres têm uma escola de pior qualidade e, quando precisam disputar o processo seletivo, acabam ficando para trás e tendo que escolher uma unidade de ensino privada, ou seja, há uma inversão”, destacou o deputado. (P.C.)