Cultura

Psicóloga explica como a psicoterapia ajuda a liberar emoções

Você conhece pessoas que tem dificuldade para expressar emoções? Pessoas que se mostram menos intensas e mais controladas, ou seja, que vivem contendo emoções?

Geralmente essas pessoas de tanto autocontrole das emoções, esquecem ou não conseguem ser naturais e lúdicos. Fazer terapia pode ajudar nesse processo, pois compartilhar com um profissional os sentimentos e emoções, pode promover o que muitos chamam de “cura pela palavra”. Conversar com um psicoterapeuta é o mesmo que iniciar uma intrigante e surpreendente viagem ao interior de si mesmo em busca do autoconhecimento.

De acordo com a doutora Cybele Mares, Especialista em psicologia clínica, Practitioner em Neurolinguística e Master avatar, a sociedade que recordamos é uma organização patriarcal que se sustenta e se caracteriza por uma apropriação de uma parte nossa. “Somos criados através da repressão do lado animal: espontaneidade, liberdade,independência,criação, intuição, visto que temos a crença do primitivo, como sendo bruto eagressivo. Mas Freud mostra que temos também uma parte animal” disse a psicóloga.

A psicoterapia, segundo Cybele Mares, através de suas abordagens científicas, reintegra a função instintiva das pessoas. “Devolve a parte reprimida natural, que foi domesticada excessivamente, condenada, criminalizada. É parte do amor que buscamos e não sabemos doá-lo, pois não temos a capacidade amorosa e a felicidade é função do amor”.

Para a psicoterapeuta, vivemos numa época de cientificismo, e usamos a ciência para filtrar e por em questão tudo que é intuitivo. “A estrutura que temos para pensar tem uma metade racional e uma metade intuitiva que através dos escritórios, dos ensaios, das máscaras e das identidades, vai se perdendo toda transmissão do pensamento intuitivo (sábio)”.

Cybele Mares afirma que a transmissão do pensamento científico é mais próxima a vida e para servir a vida. “Este propósito tem-se materializado, buscando mais ter do que ser.Quando não se encontra um propósito, um sentido da vida, sofre, adoece, suicida, não se crê em nada. E o propósito é encontrar o desenvolvimento, estar em evolução pessoal, conectar e ampliar a consciência. Viemos ao mundo para crescer como pessoa, ser feliz, apesar dos obstáculos”, concluiu.