Cultura

Psiquiatra explica a síndrome de Boderline

Médico psiquiatra explica os sintomas da síndrome de Boderline

A Síndrome de Borderline, também chamada de transtorno de personalidade limítrofe, é caracterizada pelas mudanças súbitas de humor, medo de ser abandonado pelos amigos e comportamentos impulsivos, como gastar dinheiro descontroladamente ou comer compulsivamente, por exemplo.

Traduzido do inglês, Boderline significa fronteira, limite, o que significaria então, a grosso modo numa tradução literal, personalidade no limite. De acordo com o psiquiatra Alberto Iglesias, o transtorno de personalidade se define como emocionalmente instável.

“Apesar de ser um transtorno relativamente raro, cerca de 1% da população mundial, as pessoas com personalidade borderline são facilmente percebidas pelos outros, pois são excêntricas, de personalidade forte e marcante, são muitas vezes usadas na mídia em programas de comédia ou novelas por causa de sua personalidade extravagantes”, disse.

Segundo o médico, o sinal mais evidente do transtorno de personalidade Borderline é um longo histórico de instabilidade nas relações pessoais. Isto é em parte causado por emoções instáveis e impulsivas.

“Pessoas com transtorno de personalidade Borderline podem idolatrar alguém e, logo em seguida, odiá-la. Como resultado, elas geralmente têm relações muito intensas com os outros”, afirma.

Ele explica que o transtorno pode ocorrer devido à predisposição genética, no entanto, experiências emocionais fortes enquanto criança, como enfrentar uma doença ou morte e situações de abuso sexual ou de negligência podem levar ao desenvolvimento desta síndrome.

 “Por vezes, esta síndrome é confundida com doenças como esquizofrenia ou doença bipolar, mas a duração e intensidade das emoções são diferentes, sendo fundamental ser avaliado por um psiquiatra para saber o diagnóstico correto e iniciar o tratamento adequado”, ressalta.

Tratamento
 
O tratamento da Síndrome de Borderline é realizado com o uso de medicamentos antidepressivos, estabilizadores de humor e calmantes indicados pelo psiquiatra.

 “Além do tratamento com remédios, é necessário manter acompanhamento psicológico para realizar psicoterapia e ajudar o paciente a controlar suas emoções.

Este tratamento é fundamental para o paciente se manter controlado, mas requer paciência e força de vontade do paciente”, reforça.

Alberto Augusto Iglesias Ferreira é Médico Psiquiatra e Membro Titular da Associação Brasileira de Psiquiatria.