Psiquiatra fala sobre os sintomas e causas

Todo mundo fica nervoso ou ansioso de tempos em tempos – ao falar em público, por exemplo, ou quando está passando por dificuldade financeira.

Para algumas pessoas, porém, a ansiedade se torna tão frequente, ou tão forte, que começa a tomar conta da vida delas.

Como saber se a ansiedade normal do dia a dia ultrapassou os limites e se transformou em transtorno? De acordo com o psiquiatra Alberto Iglesias, os transtornos de ansiedade estão cada vez mais comuns em nossa sociedade, porém ainda é difícil diagnosticar o problema.

“Podemos dizer que é um problema global, e que gera graves consequências ao indivíduo, sua família e sua atividade laborativa” relata.

Mas quando o paciente deve procurar ajuda? Para o especialista, a resposta é simples: a partir do momento em que a ansiedade começa a prejudicar as atividades diárias.

“Devemos orientar e recomendar que o paciente procure profissionais da área da psicologia e psiquiatria para fazer o tratamento. Normalmente, o indivíduo que sofre de ansiedade elevada tem uma preocupação muito grande com o futuro, uma angústia muito grande em antecipar os problemas, noites mal dormidas além de sintomas físicos, geralmente taquicardia (coração dispara) e dispneia (sensação de falta de ar)” explica.

Segundo o psiquiatra, existe uma exigência da sociedade em alcançar os objetivos estipulados para se ter uma vida de sucesso que pode causar o transtorno.

“A atual sociedade baseada na busca incessante de metas e objetivos para padronizar uma pessoa de sucesso, o famoso termo “american dream”, também contribui para o aumento deste diagnóstico, segundo alguns psiquiatras de grande renome, a ansiedade é o mal do século.

A grave crise econômica que o país passa atualmente eleva em muito tais sintomas, segundo pesquisa recente da OMS (organização mundial da saúde),  a ansiedade já atinge 33% da população mundial” finalizou.

Alberto Augusto Iglesias Ferreira é Médico Psiquiatra e Membro Titular da Associação Brasileira de Psiquiatria – ABP.