Polícia

Rapaz encontrado morto dentro de lagoa foi vítima de emboscada

Conforme denúncia, uma mulher atraiu o rapaz para que ao menos três comparsas o matassem e roubassem sua moto

O jovem assassinado a facadas e terçadadas na noite de terça-feira, 12, e que teve o corpo encontrado dentro de uma lagoa pelos bombeiros somente no fim da tarde da quarta-feira, 13, foi identificado pelo Instituto de Medicina Legal (IML). Trata-se de Rarisson Martins Viana, de 23 anos. Segundo a família, ele foi atraído ao local do crime por uma mulher, numa área de invasão no bairro Nova Cidade, na zona oeste.

A família relatou que ele não dormia fora de casa e que na noite em que desapareceu recebeu um telefonema de uma mulher que o convidou para ir ao seu encontro. Como a mãe do rapaz chegava às 23h do trabalho, ele tirou a moto da residência às pressas, com o objetivo de sair antes que ela chegasse, a fim de evitar qualquer impedimento.

A suspeita dos familiares é de que Rarisson tenha sido alvo de uma emboscada, cuja intenção dos criminosos seria roubar seu veículo. No entanto, ele deve ter reagido à ação dos bandidos e foi brutalmente assassinado. Testemunhas revelaram que ao menos três homens fugiram do local do crime na noite da ocorrência.

Conforme a denúncia, uma mulher serviu de “isca” para atrair a vítima. Os parentes também disseram à polícia que a suspeita tem envolvimento com o crime organizado e que em outras circunstâncias agiu da mesma maneira: ela chama os homens que, ao chegarem ao ponto de encontro, são assaltados por bandidos.

Ainda segunda a família, o jovem passou a infância e adolescência frequentando hospitais porque tinha problemas de saúde e que teria lutado muito para viver. Por este motivo, a família está inconformada com o crime, afirmando que a vítima não merecia a morte que teve com requintes de crueldade.

Na manhã de ontem, 14, o exame cadavérico foi concluído e o corpo liberado. O cadáver apresentava múltiplas perfurações, principalmente nas costas, no peito, costela e na região do pescoço e cabeça. O rosto ficou desfigurado devido à quantidade de golpes desferidos.

As investigações do crime estão a cargo da Delegacia Geral de Homicídios (DGH), que reúne esforços para localizar os suspeitos do assassinato, mas ninguém que tenha participação no crime foi identificado.

A delegada Mirian Di Manzo, responsável pelo caso, informou à Folha que na manhã de ontem ouviu duas testemunhas e que três suspeitos do homicídio foram apontados. “Acreditamos que logo o caso será esclarecido, mas ainda temos diligências a serem cumpridas”, explicou. (J.B)

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