Cotidiano

Reforma deve ser discutida no processo eleitoral, diz Shéridan

Após o recesso parlamentar, em fevereiro, espera-se que a Câmara dos Deputados debata temas relevantes para a população. Entre eles, a PEC que trata da reforma da Previdência. A expectativa foi manifestada pela deputada federal Shéridan Oliveira (PSDB) durante entrevista ao Programa Agenda Parlamentar, da Rádio Folha 1020 AM.

A parlamentar reafirmou posição contrária à reforma da Previdência. Ressaltou que não há uma discussão específica sobre o tema, senão quanto à necessidade de rapidez na aprovação.

“É um tema de indiscutível relevância, pela necessidade de retomarmos e avançarmos nessa pauta. Não acredito que tenha uma discussão sobre esse tema. O impasse é saber se esse é o momento”, avaliou a deputada.

Para Shéridan, o problema está na maneira como é exposta a reforma. Diz que, mesmo com as alterações ao longo dos últimos meses, continua apresentando disparidades e atingindo mais o trabalhador do que as grandes corporações.

“Da forma como está sendo posta, ela não trata de fato a situação da Previdência do Brasil. Ela começa de baixo para cima, dos que tem menos privilégios e não atinge os grandes. Isso é uma grande distorção”, avaliou.

A deputada acredita que o processo eleitoral que se avizinha, pode facilitar a discussão do tema junto à população. Espera que os pré-candidatos apresentem suas considerações sobre a reforma da Previdência.

“Acho mais justo com a sociedade brasileira, discutirmos junto com os candidatos à Presidência da República. Que eles exponham à população suas propostas, plataformas com relação a essa matéria para que todos discutam e se aprofundem, com uma perspectiva para os próximos anos”, observou.

Após a sociedade ser informada, o próximo governante terá respaldo popular para construir um novo sistema previdenciário.

PROCESSO – Ainda sobre as próximas eleições, a deputada que é vice-presidente do PSDB Nacional afirmou que a sigla tem posicionamentos sobre candidaturas à Presidência da República e confirma a pré-candidatura do presidente regional do partido, José de Anchieta, ao cargo de governador.

No entanto, reforça que muitas decisões partidárias serão definidas após o resultado do julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (T4F) na próxima quarta-feira, 24.

“O dia 24 será um divisor de águas para o Brasil. Após esse momento a gente consegue um panorama, construir um desenho de grupos. Tudo se desenha a partir da possibilidade de candidatura do ex-presidente Lula e só assim vamos definir o cenário”, avaliou.

A deputada acredita que em Roraima, a pré-candidatura de José de Anchieta vem se consolidando por motivos óbvios. Principalmente – diz ela – por conta do desgaste do atual governo.

Questionada por um ouvinte durante o programa sobre a possibilidade de alianças políticas do partido, Shéridan disse que as composições políticas são diferentes de ligações institucionais.

“O parlamentar tem a obrigação de trabalhar pelo Estado, independente de gestão. Sendo ele adversário político, ou não. Quem for eleito, terá que trabalhar por Roraima. É obrigação do gestor sentar com todos os políticos para buscar recursos para o Estado”, defendeu. (P.C)

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