Cotidiano

Roraimense prefere pagar as contas com cartão do que com cheque

O consumidor roraimense está usando cada vez menos o cheque no comércio local. A inutilização dos cheques se dá principalmente pela praticidade do cartão de crédito/débito e do pagamento em dinheiro. As empresas estão deixando de aceitar os cheques e os clientes cada vez menos querem utilizá-los.

Para receber um cheque, o operador de caixa precisa tomar diversos cuidados, como solicitar a apresentação do RG e do CPF (Cadastro de Pessoa Física); aceitar somente cheque preenchido e assinado no ato do pagamento; independentemente do valor da compra, fazer o cadastro do emitente do cheque com todos os dados pessoais, incluindo endereço do local de trabalho e até de estabelecimentos onde o consumidor compra ou já comprou e etc.

De acordo com a operadora de caixa de uma loja de confecções da cidade, Mirian Nascimento, é melhor trabalhar com cartão de crédito. “É mais fácil. O cheque é difícil, tem que consultar para ver se tem fundo, às vezes não tem. O cartão é mais prático”, afirmou.

No entanto, a loja onde trabalha ainda aceita cheques, mas somente de clientes específicos. “Nós recebemos de clientes antigos, que já são conhecidos, e que compram no atacado. Aceitamos somente nessas circunstâncias porque sabemos que não será sem fundo, mesmo assim, esses clientes são poucos. Ninguém mais quer pagar com cheque”, disse.

O gerente de uma loja de óculos, Sergio Guimarães, conta que a empresa ainda recebe cheques, mas a procura por essa forma de pagamento é pouca. “Nós não deixamos de usar porque ainda há pessoas que tem o limite do cartão de crédito baixo, então para não perder o cliente, aceitamos. No entanto, são raras as vezes que alguém chega perguntando se recebemos cheque”, comentou.

Guimarães garante que não há um valor mínimo para receber os cheques. “Qualquer valor pode ser pago com ele. A única medida de segurança que tomamos é verificar o CPF do consumidor e, se estiver tudo certo, seguimos com o cadastro. Mas é claro que entre o cartão de crédito e o cheque, o cartão é muito mais seguro”, disse.

DEVOLVIDOS – Segundo uma pesquisa da Boa Vista Serviços, o percentual de cheques devolvidos (segunda devolução por falta de fundos) caiu de 2,33 para 2,11% em relação ao mês de maio de 2016. No entanto, na comparação mensal apenas desse ano, houve um leve aumento de 2,10% para 2,11% de abril para maio.

De acordo com a pesquisa do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC), administrado pela Boa Vista Serviços, o resultado geral é de um aumento de 17,6% dos cheques devolvidos e alta de 17,1% para os cheques movimentados. (F.M)