Cotidiano

Rorainópolis registra seis casos de homicídio no período de três meses

Todos os assassinatos ocorreram devido a acerto de contas envolvendo o tráfico de drogas na região Sul do Estado

O aumento da violência nos municípios do interior do Estado preocupa moradores e autoridades de segurança. De acordo com dados da Polícia Militar de Roraima (PMRR), somente em Rorainópolis e vilas próximas, na região Sul do Estado, foram registrados seis homicídios por acerto de contas envolvendo o tráfico de drogas, nos três primeiros meses do ano, média de dois por mês.

Apesar da estatística alarmante, o comandante do Comando de Policiamento do Interior (CPI) da PM, tenente-coronel Wilson Nunes Pereira, afirmou que os casos de assassinatos no município têm diminuído. “Não houve aumento de homicídios na região Sul, muito menos em Rorainópolis. Na verdade, analisando-se os meses de janeiro de 2016 e janeiro de 2017, constata-se uma diminuição de aproximadamente 10% no número geral de ocorrências”, disse.

Segundo ele, todos os casos de homicídios deste ano em Rorainópolis tiveram prisões executadas pela Polícia Militar na localidade. “Quanto ao policiamento na região, a PM reforçou o presídio de São Luiz do Anauá. Foram enviadas seis novas viaturas para melhor atender às necessidades da região Sul e está iniciando o policiamento Maria da Penha, que visa dar uma resposta mais efetiva às ocorrências que tenham mulheres como vítimas”, destacou.

Segundo ele, foram realizadas adequações nas escalas de serviço, o que proporcionou o aumento de policiais no serviço operacional. “A Operação Sentinela foi suspensa pela Polícia Federal, que é a responsável pela operação, porém a PM mantém seis policiais militares por dia na barreira do Jundiá [próximo à divisa com o Amazonas] atuando por amostragem na divisa do Estado”, ressaltou.

Ele informou que o efetivo será aumentado com a formação dos novos soldados. “Esses novos policiais estão em curso de formação com conclusão em julho deste ano, quando será reinstalado o Destacamento Policial da Vila do Equador, desativado desde 2013, mas, que, contudo, tem suas demandas de ocorrências atendidas pelo policiamento de Nova Colina e Jundiá”, explicou.

Ainda assim, o tenente-coronel reconheceu a necessidade de se estruturar um batalhão na região Sul. “Entretanto, verifica-se a necessidade de complementação do efetivo de policiais previstos no quadro organizacional, o que, nesse momento, deve resolver a demanda de segurança pública ostensiva na região”, frisou. (L.G.C)