Cotidiano

Secretário diz que obras realizadas na Pamc vão conter fuga de detentos

Titular da Sejuc afirmou que os túneis encontrados foram completamente fechados e que reformas da Pamc estão em andamento

Após a fuga de dez presos da Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (Pamc), na semana passada, a Secretaria Estadual de Justiça e Cidadania (Sejuc) informou que os túneis encontrados foram desmoronados. Em entrevista ao Programa Agenda da Semana, na Rádio Folha AM 1020, no domingo, 22, o titular da Sejuc, Ronan Marinho, afirmou que esse tipo de fuga será mais remoto e que irão reduzir ainda mais com a reforma da unidade prisional.

Ele afirmou que, a partir de agora, a contagem de presos ficará mais fácil, devido à implantação de um sistema moderno para a contagem de detentos. “Nossa maior dificuldade é que o sistema é obsoleto. Não tínhamos um sistema informatizado e ainda usávamos fichas manuais para conferência dos presos. Mas esse cenário vem mudando. No começo do mês, em um mutirão carcerário, em parceria com o Departamento Penitenciário Nacional, nós chegamos a todos os presos do sistema, fizemos um cadastro biométrico, tiramos a documentação e impressões digitais de todos. Esse cadastro agora é seguro”.

Nesse mesmo mutirão foi verificada a saúde dos presos por meio de exames. “Hoje temos um diagnóstico da situação deles. Fizemos teste rápido de sífilis, HIV, tuberculose, hepatite e também vacinamos todos eles. A situação não é alarmante. Estamos dentro daqueles padrões que o Ministério da Saúde exige para pessoas privadas de liberdade”, frisou.

Afirmou que as fugas vão reduzir ainda mais após a reforma da unidade prisional. “Eles cavaram muitos túneis, depredaram o presídio e hoje estamos recuperando isso. Estamos com uma reforma em andamento. São quatro alas que vão passar por reformas, com recursos próprios do Estado. É a primeira reforma em 28 anos. Nós reformamos a ala 1, que já está praticamente pronta, com 60 vagas. Vamos reformar a ala 11, com mais 120 vagas, e as alas 12 e a 16 que haviam sido iniciadas, mas que nunca acabaram”, disse.

Marinho informou que está sendo feito um trabalho de modernização. “Estamos alugando um equipamento de escâner corporal para fazer revista na entrada do presídio. Isso é caro e custa em torno de R$ 700 mil. O aluguel é em torno de R$ 23 mil. Ao todo, são cinco unidades que precisam desse equipamento. Apesar de muitos pensarem que o aluguel não tem retorno, o próprio Departamento Penitenciário Nacional recomenda o aluguel, pois a manutenção é cara. Além disso, quando estiverem obsoletos, serão substituídos por novos, o que levaria mais tempo se o Governo do Estado comprasse”, explicou.