Secretário e mais três são presos suspeitos de ‘boca de urna”

Detidos foram conduzidos à Delegacia de Rorainópolis para prestar esclarecimentos

O secretário municipal de finanças do município de Rorainópolis, Diego Assis Gonçalves, foi preso na tarde deste domingo, dia 2, com mais três pessoas suspeitos do crime de “boca de urna”.

Policiais da Força Tática (FT) fizeram abordagem nas proximidades de um local de votação na sede do município e constataram o delito praticado pelo grupo que distribuía os adesivos conhecidos como “praguinha”.

Depois que foram flagrados, a polícia conduziu os suspostos infratores à Delegacia de Polícia Civil já com o ROP (Relatório de Ocorrência Policial) e material apreendido como adesivos de campanha eleitoral e envelopes em mãos para que procedimentos previstos em lei fossem adotados pela autoridade policial de plantão.

Advogados dos detidos estiveram presentes no DP, mas um deles informou que não tinha nada a declarar sobre o caso e pediu que equipe da Folha se retirasse da Delegacia, no entanto, permanecemos no local para aguardar informações oficiais da polícia, uma vez que a imprensa também tem livre acesso aos Distritos Policiais.

Policiais realizaram uma vistoria no veículo do secretário municipal e não foram encontrados outros indícios de delito.

Depois que o caso foi levado ao conhecimento do delegado responsável pelos crimes eleitorais praticados no período da eleição, todo o procedimento elaborado pela polícia foi encaminhado ao juiz para análise da prática delituosa, considerando que todos os flagrantes estão sob a responsabilidade do TER (Tribunal Regional Eleitoral).

Os envolvidos foram ouvidos e liberados, mas ficarão à disposição da justiça para uma eventual audiência.

O artigo 39 da legislação eleitoral destaca que, “constituem crimes, no dia da eleição, puníveis com detenção, de seis meses a um ano, com a alternativa de prestação de serviços à comunidade pelo mesmo período, e multa no valor de cinco mil a quinze mil (reais) a distribuição de material de propaganda política, inclusive volantes e e outros impressos, ou a prática de aliciamento, coação ou manifestação tendentes a influir na vontade do eleitor”, o que configura o crime de ‘boca de urna’. (J.B)