Polícia

Sejuc destrói favelão que abrigava presos em condições desumanas

Favelão existia há 15 anos na Pamc e tinha até camas construídas com marmitex

Durante todo o final de semana, máquinas irão derrubar e limpar toda a área conhecida como Cozinha na Pamc (Penitenciária Agrícola de Monte Cristo).

A derrubada dos barracos construídos pelos internos que residiam na Cozinha, área conhecida como ‘’favela’’ faz parte da segunda etapa da megaoperação iniciada após a posse do novo secretário de justiça Ronan Marinho.

“Não pude aceitar trabalhar com aquela situação. Eram inumanas as condições em que eles viviam. O Estado está trabalhando para iniciar o quanto antes a construção de uma nova unidade prisional.”, explicou o secretário de Justiça.

Após a transferência dos cerca de 250 detentos, uma empresa do governo entrou na Penitenciária Agrícola e iniciou o processo de destruição do favelão que existe há cerca de 15 anos.

Os presos transferidos foram selecionados a partir dos critérios, entre eles que pertençam a mesma facção. Após a destruição da favela, apenas as alas vão voltar a abrigar os detentos.

Como funcionava o Favelão
A Penitenciária Agrícola tem oficialmente 12 alas das quais atualmente apenas 10 funcionavam, abrigando mais de 1500 presos.

Em uma delas, próxima à cozinha, que estava desativada há dez anos, ficavam os presos por crime de estupro, ex-policiais e ameaçados de morte.

Foi nesse local, construído na área externa do presídio, que foi criada a espécie de favela, com barracos, onde existe até uma pequena igreja evangélica.

Os barracos eram precários, construídas com tábuas, lonas, panos e chapas de ferro além de telhas velhas. Um fez até uma cama improvisada juntando tampas de plástico dos marmitex que são entregues como comida. Havia presos, inclusive, morando em barracas de camping, armadas ao lado dos barracos.

Para fazer as necessidades fisiológicas, os presos construíram dois banheiros improvisados, o que aumentava ainda mais os riscos à saúde deles.

Segundo os próprios presos, cerca de 300 pessoas viviam nessa área que agora foram transferidos para a Cadeia Pública.