Polícia

Sejuc garante que foragidos não são de alta periculosidade

Relatório com a lista de presos e itens recolhidos durante a revista da quinta-feira, 16, deve ser divulgado nas próximas horas

Passados quatro dias após registro de fuga, a Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc) ainda não tem o quantitativo exato de quantos detentos escaparam da Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (Pamc). Apesar disso, o titular da pasta, Coronel Paulo Roberto Macedo, garantiu que relatório com a recontagem de presos deve ser divulgado nas próximas horas.

“Como nós conseguimos separar as lideranças das facções, o poder de atuação destes elementos acabou sendo quebrado, tanto que podemos afirma que esses reeducandos que escaparam não possuem um perfil de alta periculosidade, mas nós vamos deixar isso bem claro quando analisarmos o relatório e divulgarmos o resultado”, comentou.

Até o início da tarde desta sexta-feira, 17, o relatório ainda estava sendo finalizado, mas o número extraoficial é de aproximadamente 70 detentos foragidos. Deste total, segundo o secretário, mais de 20 reeducandos foram recapturados.

“Ontem, 16, nós realizamos a revista com recontagem de presos e a Sejuc não faz esse trabalho sozinha. A Polícia Militar (PM) é quem sempre nos acompanha nessas atividades”, completou.

Sobre a revista, Macedo destaca que as equipes conseguiram neutralizar pontos que serviram para novas fugas, além de retirar objetos que favoreciam a atuação dos criminosos na unidade.

“Nós aproveitamos o reforço da segurança durante essa ação para fazer uma minuciosa revista e nela, nós conseguimos identificar a existência de outros buracos. Fizemos também a limpeza do mato alto, retiramos alguns objetos, ou seja, fizemos um serviço completa na unidade para minimizar qualquer ponto que favorecessem os reeducandos”, frisou.

O secretário da Sejuc acrescenta ainda ressaltando que os fatos envolvendo a Sejuc não possuem qualquer ligação com o motim do Centro Socioeducativo Homero de Souza Cruz Filho (CSE), também ocorrido na madrugada da segunda-feira, 13. 

“O sistema prisional não está em crise, o nosso problema é só a Pamc, por que as outras unidades estão devidamente controladas. A penitenciária, que tem a maior população carcerária do Estado, é que fica um pouco mais difícil. Nós reconhecemos a dificuldade, mas a gente mantém um controle para que a situação não saia de controle”, pontuou.