Política

Servidor estadual não tem o que comemorar, diz deputado George

Nesta terça-feira, dia 1º, é celebrado o Dia Internacional do Trabalhador. A data foi criada com o objetivo de homenagear a classe, levando a sociedade refletir sobre possíveis avanços. Para o deputado estadual George Melo (PSDC), no entanto, o servidor público roraimense não tem o que comemorar.

Em entrevista ao programa Agenda Parlamentar, na Rádio Folha 1020 AM, sábado, 28, o deputado elencou pontos que segundo ele, precisam ser melhorados na gestão estadual. Um deles seria o reajuste salarial que não ocorre desde o início da gestão da governadora Suely Campos (PP).

“O Brasil se acostumou a dar um reajuste de 4,5% no salário dos trabalhadores, uma correção para que o servidor não ganhe abaixo do salário mínimo. Mas desde que a governadora entrou não foi dado esse reajuste, ou seja, em quatro anos o nosso servidor não recebe aumento”, afirmou o parlamentar.

GESTÃO – Ele credita que a negativa de reajuste se deva a falta de planejamento do executivo. Para George, o servidor tem sido prejudicado por uma gestão sem excelência em qualquer setor, seja na saúde, transporte ou outro.

“É mais um 1º de Maio que não tem o que se comemorar em solidariedade aos servidores do Estado. Pelo contrário, é uma situação de chorar. Passar quatro anos sem reposição de perdas é um absurdo. A gente sabe que o país está passando por dificuldades, mas isso não é desculpa”, criticou Melo.

O parlamentar afirma que como legislador, acompanha o andamento das despesas estaduais. Para ele, há um aumento injustificável tendo em vista que a qualidade dos serviços não acompanhou a mesma evolução.

“A educação não tem merenda, não tem transporte escolar. Estão chegando agora remédios para a saúde. Uma terceirizada fica cinco meses sem receber. Ou seja, não houve planejamento de Estado”, avaliou.

Melo diz ainda que o setor comercial e industrial de Roraima está vivendo uma crise motivada na falta de administração do Estado. O governo investe em companhias fora do Estado em vez de empresas locais.

Essa situação gera desânimo na população e um problema em cadeia, afirma Melo. “O servidor público sem salário não movimenta a economia. Sem receita o comércio tem dificuldades com os custos e fica perto de fechar as portas. Como a economia vai funcionar dessa forma?”, questionou o parlamentar.

Na avaliação do deputado, a solução está em amplo debate com os diferentes setores, para encontrar uma forma de investir e fazer crescer a economia. Por fim, ele citou a administração familiar como um exemplo que poderia ser utilizado pelo governo.

“Nós conhecemos casas onde as pessoas ganham bem e vivem mal. E casas onde as pessoas ganham mal e vivem bem. Ou seja, tem gestão que o administrador cuida das despesas. É o que acontece em nosso Estado. A nossa ‘casa’ está sem gestão, está sendo mal administrada”, pontuou. (P.C)