Cotidiano

Servidores da Eletrobras protestam por 24 horas contra a privatização

Em âmbito nacional, o ato também foi realizado por funcionários da Eletrobras no Acre, Alagoas, Amazonas, Piauí e Rondônia

Servidores da Eletrobras Distribuição Roraima iniciaram a semana em clima de paralisação. Nessa segunda-feira, 16, aproximadamente 200 funcionários interromperam as atividades como forma de protesto diante dos novos passos de privatização da empresa pelo Governo Federal. O objetivo principal foi se manifestar em relação ao leilão das seis distribuidoras da Região Norte e Nordeste, previsto para ocorrer em maio.

Com o lançamento do edital do leilão previsto para esta semana, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas do Estado de Roraima (Stiu-RR), Gissélio Cunha, destacou a importância da paralisação diante das consequências junto aos servidores e à população, como aumento na tarifa de energia, demissão em massa e precarização dos serviços.

Além dos cerca de 350 servidores da Eletrobras, a privatização tende a prejudicar ainda outros 55 requisitados de Cooperação Técnica e funcionários de serviços prestados. No caso de novos avanços sobre a privatização, Cunha reforçou que os funcionários podem aderir à greve por tempo indeterminado. Durante a paralisação, apenas os serviços essenciais de atendimento imediato foram mantidos.

Em âmbito nacional, a paralisação também foi realizada por funcionários das concessionárias do Acre, Alagoas, Amazonas, Piauí e Rondônia. “Isso afeta mais ainda as áreas de baixa densidade demográfica e de baixa renda. Por ser uma empresa pública, ela é subsidiada pelo Governo Federal. Sendo privatizada, não poderão investir em razão do retorno financeiro”, apontou o presidente do Sindicato dos Urbanitários.

O concursado Manoel Barros, servidor há 31 anos na Eletrobras, apontou que a privatização é vista como uma forma de se livrar dos servidores. “Quando estava indo tudo bem e eles estavam recebendo bem a parte deles, estava tudo bem. Aí as coisas começam a ficar difíceis e eles não param pra pensar em quem sempre esteve aqui e em toda uma população que vai ser afetada”, esclareceu.

OUTRO LADO – A equipe entrou em contato com a Eletrobras para um posicionamento sobre a paralisação, mas até o fechamento desta matéria, às 18h, não obteve resposta. (A.G.G)

Funcionários da CERR devem
paralisar por tempo indeterminado

Pela falta de previsão do Governo do Estado em relação ao pagamento referente a março, os servidores da Companhia Energética de Roraima (CERR) realizaram na última semana uma paralisação de 48 horas no Centro Cívico. No entanto, a situação tende a piorar se até a quinta-feira, 19, os funcionários não tiverem uma resposta ou previsão de pagamento do Estado.

Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas do Estado de Roraima (Stiu-RR), Gissélio Cunha, os mais de 500 servidores afetados com os frequentes atrasos vão aderir a uma greve por tempo indeterminado. “Se até lá não houver respostas ou acordos, vamos amanhecer em frente ao Palácio Senador Hélio Campos na quinta-feira”, frisou. (A.G.G)