Cotidiano

Servidores e alunos da Escola Jaceguai temem que estrutura do prédio desabe

Embora direção da escola afirme que a área atingida não está sendo utilizada, alunos e professores temem riscos às suas vidas

Servidores e alunos da Escola Estadual Professor Jaceguai Reis Cunha, localizada no bairro Asa Branca, zona Oeste da Capital, temem que a estrutura da instituição desabe e coloque em risco a vida de todos. Em dezembro do ano passado, a escola amanheceu com quatro salas destruídas por conta de um incêndio criminoso ocorrido na madrugada. Os denunciantes dizem que, mesmo sem condições, as aulas continuam sendo ministradas.

As áreas atingidas pelo incêndio foram os Laboratórios de Informática e Ciências, a Orientação Educacional e uma sala de aula, que teve o forro destruído. O gestor da escola, José Silvano, informou que nenhum dos locais está sendo utilizado, assim como a sala ao lado da classe atingida. A cobertura do refeitório também foi prejudicada. “Se chover, vai ter goteira”, disse.

Mesmo com os problemas, ele informou que as aulas nos períodos matutino e vespertino continuam sendo realizadas no corredor que não foi atingido pelo fogo e que, durante a noite, quatro salas do corredor danificado são utilizadas pelos estudantes da Educação de Jovens e Adultos (EJA). Silvano explicou que a Secretaria Estadual de Infraestrutura (Seinf) esteve no local e fez todo o levantamento necessário. Ele acredita que até o meio do ano a obra estará concluída.

Diante da situação, ele lamenta de não poder aumentar mais turmas para o EJA e reclama dos problemas a longo prazo. “O laboratório de informática, por exemplo, foi danificado. Não sabemos quando vamos conseguir outros. Os equipamentos eram do Ministério da Educação e Cultura”, relatou.

GOVERNO – A Secretaria Estadual de Educação e Desportos (Seed) informou que já encaminhou a solicitação de reforma geral da escola à Seinf logo após o incêndio. Frisou que o processo está seguindo os trâmites legais da Lei 8666/93, referente a contratos e licitações.

“As quatro salas que foram atingidas pelo incêndio criminoso estão interditas e só poderão ser liberadas para uso após a reforma geral do prédio”, informou. A Folha questionou se há prazos para a reforma, mas não obteve resposta.

INCÊNDIO – Conforme noticiado pela Folha, na época, a escola amanheceu, no dia 9 de dezembro de 2016, com quatro salas destruídas por conta de um incêndio A suspeita é que o fogo tenha sido ateado de forma criminosa, já que a fiação elétrica da unidade estava intacta. Além disso, foram encontradas pichações nos muros com assinatura da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).

Na semana anterior ao incêndio, a unidade de ensino já havia sido alvo de criminosos que arrombaram salas de aula em plena luz do dia e levaram documentos de alguns estudantes. A escola fica ao lado do prédio do antigo Centro Socioeducativo (CSE), onde atualmente funciona o Centro de Progressão Penal (CPP), que abriga presos do regime semiaberto. (A.G.G)