Cotidiano

Servidores estaduais voltam a cobrar reajuste salarial e PCCR

Esta é a segunda paralisação realizada em menos de uma semana; Os servidores não descartam a possibilidade de greve geral

Servidores estaduais cruzaram os braços na manhã de ontem, 16, para participar de ato público contra a demora do Governo do Estado em cumprir acordo feito para reajuste salarial e votação do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) de algumas categorias. 

De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Civis Efetivos do Estado de Roraima (Sintraima), Francisco Figueira, a mobilização contou com aproximadamente 250 servidores, iniciando às 8 horas em frente à tribuna da Praça do Centro Cívico. “Essa mobilização de hoje, especificamente, é sobre a Data-Base 2016-2017, mas ela também serve para reforçar a nossa cobrança em relação aos PCCRs dos servidores. Na terça-feira, 14, já havíamos nos manifestado e, em relação a isso, nós já tivemos uma resposta de que agora, no dia 17, será entregue a cópia da proposta do governo para o PCCR dos servidores da administração indireta, para que eles decidam se a aceitam ou a rejeitam”, afirmou.

Em relação à data-base, o presidente do Sintraima explicou que, a indefinição do governo sobre a questão preocupa, uma vez que o reajuste não foi incluído no orçamento do Estado para o próximo ano. “A aplicabilidade da Data-Base 2016/2017 é algo garantido na Constituição Federal, no seu artigo 37, inciso 10. Infelizmente, ela [governadora Suely Campos] não está respeitando o dispositivo constitucional. Com essa mobilização, nós queremos que a data-base seja colocada no orçamento de 2018, com índice que cubra esses dois anos, porque já era para ter sido aplicado. Já estamos no final do ano, o orçamento está se fechando e não se vê essa movimentação para que se incluam tanto os PCCRs quanto os reajustes 2016/2017”, complementou.

Esse foi o segundo ato das categorias realizado em menos de uma semana. Ainda pela manhã, o grupo também visitou a Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR) e o Palácio Senador Hélio Campos, para pressionar as autoridades em relação ao problema. “Queremos que as autoridades políticas, principalmente o Governo do Estado, dêem celeridade a essas questões. Que essa valorização não seja mais algo momentâneo, que em dado momento ela não vai mais contemplar aquilo que veio anteriormente. Nós não queremos mais isso”, comentou.

Francisco Figueira informou ainda que a possibilidade de deflagração de greve geral, caso não haja compreensão por parte do governo em relação às demandas da categoria, não está descartada. “Toda essa falta de definição afeta a todos os servidores do Estado, que aguardam essas medidas há bastante tempo. Só entre os servidores representados pelo Sintraima, por exemplo, são cerca de 5 mil. Então, em termos gerais, estamos falando de cerca de mais de 20 mil servidores prejudicados com isso. Em relação a deflagração de greve geral, nós vamos aguardar a resposta do governo e só depois disso, caso não haja sensibilização, vamos convocar todos para uma assembleia geral para discutir as medidas futuras”, finalizou.

GOVERNO – A Folha entrou em contato com o Governo do Estado, mas até o fechamento desta matéria, às 18 horas, não obteve resposta. (M.L)