Cotidiano

Sesau diz que febre amarela não preocupa o Estado de Roraima

A Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) publicou nota tranquilizando a população de Roraima sobre a febre amarela. O documento foi uma resposta à notificação que o Ministério da Saúde fez, no dia 6, à Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre os 12 casos suspeitos e as cinco mortes causadas por febre amarela urbana no Estado de Minas Gerais até aquele dia.

Roraima teve sete casos confirmados de febre amarela silvestre entre 1999 e 2016, em Boa Vista, Caroebe, Mucajaí e Uiramutã. O último registro é do ano de 2007, em Caroebe. No total, o Estado tem 80,99% de sua população vacinada contra a febre amarela. Na Capital, a cobertura chega a 87,85%. Em cidades como Pacaraima, Caroebe e Bonfim possuem cada uma, 118,05%, 102,6% e 107,69% de cobertura, respectivamente.

O gerente do Núcleo Estadual de Imunização, Rodrigo Danin, explica que dois fatores contribuíram para que Roraima tivesse bons índices de proteção: a exigência do governo venezuelano de que todo estrangeiro precisava tomar vacina contra febre amarela antes de adentrar sua fronteira; e a localização do Estado ser em uma região endêmica em que o vírus nunca deixa de circular, fazendo com que o Ministério da Saúde estipulasse uma meta de 100% da população imunizada. “Alcançamos mais de 80%, o que é uma notícia muito boa, sem precisar fazer campanhas”.

Portanto, afirma o gerente, não há motivo para desespero nem para campanhas: 16.960 doses estão disponíveis diariamente nos postos de saúde dos municípios, sendo que todo mês a Sesau pede novas remessas de acordo com a necessidade. “Nunca tivemos falta desta vacina. A população está quase toda imunizada, o que acontece é que muita gente perde a carteirinha e pensa que não tomou a vacina. Mas é só a pessoa se lembrar de que precisou tomá-la para entrar na Venezuela”, detalhou.  

BOA VISTA – A Prefeitura informou que, entre 2007 e 2016, apareceram 15 casos suspeitos em Boa Vista, mas nenhum foi confirmado. Para fazer a vacinação, basta ir até uma unidade de saúde com o cartão do SUS, o cartão de vacinação e um documento com foto. A primeira dose deve ser tomada a partir dos 9 meses de idade. Aos 4 anos, é tomada uma dose de reforço. Entre 10 e 19 anos, novo reforço ou então uma dose única para quem ainda não se vacinou.