Cotidiano

Sindicalistas protestam contra reforma da Previdência e nova lei trabalhista

Manifestação ocorreu em diversas regiões do País durante todo o dia de ontem, 10

Como forma de protesto contra a reforma da Previdência e da nova lei trabalhista, que passa a valer a partir de hoje, 11, a Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e o Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Boa Vista (Sitram), com participação de outras centrais e sindicatos de Roraima realizaram ontem, 10, uma manifestação na Praça do Centro Cívico, em Boa Vista. 

O movimento ‘Dia Nacional de Mobilizações’ também aconteceu em diversas regiões do País em protesto contra a retirada de direito dos trabalhadores e também contra a privatização das empresas do setor elétrico do Brasil. Em Boa Vista, os trabalhadores fizeram um ato de panfletagem às 6 horas no terminal de ônibus do Centro. A ação seguiu pela área comercial às 8 horas e com protesto às 11 horas na Praça do Centro Cívico. A iniciativa aconteceu e continua por meio de agenda nacional das centrais sindicais que estão na luta pela retomada do crescimento e em defesa do emprego.

“Nosso movimento acontece em todo o País com o intuito de barrar a reforma da Previdência e a nova lei trabalhista, que anula os direitos conquistados por nós trabalhadores durante anos de lutas. Estamos aqui pelo fim do trabalho escravo e em defesa de direitos que estamos perdendo a cada dia”, disse a presidente da CTB Roraima, Lucinalda Coelho.

Conforme a presidente do Sitram, Sueli Cardozo, as manifestações estão acontecendo para esclarecer o trabalhador e a sociedade que a reforma é altamente danosa com suas mudanças na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). “O que estão fazendo é um golpe ao trabalhador e ao movimento sindical. Eles estão tentando tirar a nossa condição de fazer movimento e se contrapor as imposições e as retiradas dos direitos dos trabalhadores”, afirmou. “Nós temos que ter uma cobertura de legislação trabalhista firme e rígida sim, para que esse trabalhador esteja protegido e para que o trabalhador não seja uma vítima de um sistema de imposição de regras”, completou

Em todo o País, os protestos de reivindicação também aconteceram contra as mudanças na Previdência Social e na Portaria 1.129, do Ministério do Trabalho, que mudou o conceito de trabalho escravo e foi suspensa pelo Supremo Tribunal Federal (STF), além das alterações feitas na Consolidação das Leis de Trabalho (CLT) que, segundo o movimento, é considerado o maior retrocesso que o Brasil já viveu, desde a ditadura militar. (E.M)